Com um tiro no rosto, um garotinho de apenas 7 anos foi assassinado no final da tarde de ontem, por conta da irresponsabilidade de um marginal. Luiz Gustavo Bezerra da Silva tombou morto na Rua José Alcides de Lima, Tatuquara. O assassino, preso momentos depois por policiais do 13.º Batalhão de Polícia Militar, tem 17 anos.
Sidnei Rudek, 18, morador na região, testemunhou a tragédia. Ele, contou que, por volta das 17h30 estava sentado no muro de uma casa, quando o autor chegou e mostrou um revólver calibre 38. Em seguida a criança apareceu caminhando pela rua. Luiz olhou para o assassino, que não gostou da atitude do menino. "Ele perguntou o que o garoto tava olhando e mostrou a arma. Luiz achou que a arma era de brinquedo e o sujeito sacou o revólver, mirou nele e atirou. Depois fugiu correndo, apavorado. O menino morreu na hora", contou a testemunha.
O corpo da criança ficou jogado no asfalto e a cena chocou tanto os moradores quanto a própria polícia, que de imediato iniciou a perseguição ao assassino. Populares forneceram uma foto do criminoso, para ajudar nas buscas. O autor foi encontrado correndo pela rua, sentido à Cidade Industrial. Segundo o soldado Souza, ele jogou o revólver no mato, mas depois levou os policiais até o local. "Só tinha uma bala no revólver, a que matou a criança", disse o policial.
O criminoso foi levado à Delegacia do Adolescente. Porém, moradores da região afirmaram que ele tem 20. Na delegacia ficou confirmado ser ele ainda menor de idade. Após interrogado, ele ficou à disposição da Justiça.
O autor já tinha sido expulso do colégio onde estudava por andar armado.
Segundo moradores da região, o garotinho Luiz Gustavo sempre era visto jogando bola e soltando pipa. A mãe dele, grávida de cinco meses, tentou ir ao encontro do filho, mas foi contida pelos parentes. O pai estava trabalhando, e apenas a avó, em meio a lágrimas e revolta, assistiu a remoção do corpo da criança ao Instituto Médico-Legal.