Em Curitiba, é proibido pedir esmola e vender mercadorias em ônibus

Pedir doações e vender mercadorias dentro dos ônibus, estações-tubo e terminais é uma prática ilegal que prejudica o funcionamento do transporte coletivo, perturba os passageiros e atrapalha o trabalho dos motoristas e cobradores. A ação é proibida pelo regulamento do transporte coletivo de Curitiba, criado em 1991 pelo decreto municipal número 210. Existem adesivos dentro de todos os ônibus para alertar os usuários sobre esta regra.

Por isso a Urbs pede a colaboração de todos passageiros para que evitem dar dinheiro aos pedintes e comprar produtos de vendedores ambulantes irregulares. A falta de "clientes" é o jeito mais eficaz para desestimular esse tipo de ação ilegal.

As equipes de fiscais da Urbs que percorrem os terminais e estações-tubo da cidade recebem diariamente muitas reclamações de passageiros abordados de forma agressiva, intimidadora ou inconveniente por ambulantes e pessoas que pedem contribuições para entidades que algumas vezes nem existem.

Há casos de pedintes que simulam doenças e sobrevivem às custas da ingenuidade dos passageiros. A reclamação mais recente deste tipo recebida pela Urbs revelou o golpe de um homem que teria sido submetido a colostomia e portanto utilizaria bolsa excretora e que ameaçava levantar a camisa se a mulher não lhe desse dinheiro.

A queixa mais comum dos passageiros, no entanto, é contra representantes de uma associação de ex-drogados que daria apoio a dependentes químicos. Eles tentam vender canetas dentro dos ônibus, intimidam os passageiros e ofendem motoristas e cobradores. "Eles jogam o saquinho com as canetas no colo de quem está sentado e depois perguntam gritando se a gente não vai ajudar. Quando o motorista pede para eles pararem de perturbar os passageiros, eles mandam calar a boca e continuar dirigindo", relatou um usuário das linhas da região central da cidade que fez a reclamação à Urbs através da central telefônica 156.

As denúncias feitas diretamente aos fiscais da Urbs ou pelo telefone 156 (que atende 24 horas por dia) ajudam a empresa a planejar com mais eficiência as ações de fiscalização. Os motoristas e cobradores das empresas que operam as linhas de ônibus também estão orientados a acionar a Guarda Municipal e até a Polícia Militar quando for necessário.

Em vez de dar esmola, quem quer ajudar de verdade pode contribuir para o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, pelo telefone 0800-6454510, ou para o Fundo Municipal de Assistência Social, com maiores informações pelo site da Prefeitura de Curitiba (www.curitiba.pr.gov.br). Para saber quais entidades assistenciais realmente fazem um trabalho sério, o interessado pode procurar a Fundação de Ação Social (FAS), pelo telefone 156 ou nos núcleos regionais das Ruas da Cidadania.

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