Mata irmão a pauladas em Itaperuçu

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O assassino afirma ter
espancado Antônio ao ser
ameaçado por uma faca.

As rodadas de cachaça que embalaram a noite de dois irmãos, no último dia 9, resultaram numa tragédia em família. Antônio Cândido da Silva, 51 anos, foi assassinado a pauladas pelo irmão, Erineu Cândido Ferreira, 56, e o pai deles, Francisco Cândido da Silva, 82, foi quem denunciou o crime à polícia. O assassinato aconteceu na zona rural de Itaperuçu, a 40 quilômetros do centro do município.

Há um ano Antônio e Erineu passaram a freqüentar a Fazenda São Domingos, onde trabalhavam no reflorestamento de Pinus. Na tarde daquele dia, os irmãos foram juntos até um bar próximo da fazenda, comprar alguns litros de cachaça. Ao retornarem para o casebre onde estavam alojados, deram inicio à bebedeira que resultou em discussão. Segundo Erineu, que não lembra o motivo inicial da briga, Antônio apanhou uma faca e tentou matá-lo. Para se defender, este pegou um bastão de madeira e espancou o irmão, assassinando-o a pauladas. Em seguida, Erineu jogou o corpo de Antônio em um barranco na frente do casebre. No dia seguinte ao assassinato, o autor do crime deixou a fazenda e foi para sua casa, no bairro Cachoeira, no mesmo município.

Pai

Depois de assassinar o irmão, Erineu se manteve em silêncio até que seu pai insistiu em saber o que havia acontecido com o outro filho. Ele desconversou e disse que não iria voltar a trabalhar na fazenda porque o proprietário ligou, avisando que Antônio tinha ido embora. Sem acreditar na história, Francisco insistiu para que Erineu voltasse à propriedade para saber o que havia acontecido com seu irmão. Depois de muitas conversas, na última quarta-feira o assassino resolveu confessar ao pai que havia matado Antônio. A região erma e de difícil acesso poderia ter possibilitado que o crime passasse despercebido, porém Francisco não quis que isso acontecesse e denunciou o filho à polícia.

Na tarde da última quinta-feira, pai e filho foram juntos com as polícias Civil e Militar, perícia científica e Instituto Médico Legal até o local do crime. Pela dificuldade do funcionário Gomes, do IML, em retirar o corpo de Antônio da ribanceira, Erineu teve que ajudar. A situação reuniu pai e filhos, uma vez que enquanto Erineu carregava o irmão morto, Francisco assistia de perto a cena triste. Erineu foi preso em flagrante e levado à delegacia de Rio Branco do Sul.

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