Rosas de Ouro conta a história da tatuagem

Em busca do 8º título do carnaval paulistano, a Rosas de Ouro, quarta escola a desfilar nesta madrugada de sábado, 6, volta ao Sambódromo do Anhembi para falar sobre tatuagem. Com o enredo “Arte à flor da pele. A minha história vai marcar você”, a escola da Freguesia do Ó vai contar a milenar história da tatuagem.

O enredo aborda a origem da tatuagem desde antes de Cristo, passando pelas civilizações na África e no Egito, pelas sacerdotisas que desenhavam a pele, até chegar aos dias atuais. Os orientais, os esquimós, os maias e os índios brasileiros também serão representados no desfile.

Com cerca de 3 mil integrantes, a agremiação do carnavalesco André Cezari vai colorir o Anhembi com azul, rosa e branco. A bateria é dirigida pelo mestre Rafael Oliveira, conhecido como Rafael Gordinho. A atriz Ellen Roche é a rainha da bateria. Outro destaque é o cantor MC Guimê, que deve desfilar em uma ala dedicada ao rap.

Campeã do carnaval de São Paulo por sete vezes e vice-campeã em 2014, 2013 e 2012, a Rosas de Ouro quer espantar a síndrome de vice e faturar o 8º título na elite do carnaval paulista. O último título conquistado pela escola foi em 2010 com o enredo “Cacau é Show”.

Samba-enredo: “Arte à flor da pele. A minha história vai marcar você”.

Eu vou tatuar no seu coração

Pra vida inteira

És meu amor

Eterna como o tempo, roseira

A mão marcou na pedra essa história

Nascia a primeira cicatriz

Exposta na pele como troféu

Esculpida em rituais

Orgulho na alma do guerreiro

Essa herança dos tribais

Por muito, a religião proibiu

Ao som do tatau, no ocidente, evoluiu

Marcando novas gerações

Rebelde em seu jeito de ser

Na velocidade da luz

A muitos seduz, vem ver

Salve o marinheiro, vem arte do mar

Em chão brasileiro, canta o sabiá

Floresceu paz e amor num fino traço

Dragão tatuado no braço

Vem ser criança e brincar

No seu corpo desenhar

A fé que traz a esperança

Saudades, paixões e lembranças

Em formas radicais

Em notas musicais, vai além…

Entre as grades nasce a flor também

E a nação azul rosa vai passar

Riscando o chão na passarela, a cantar: roseira! roseira!

Minha segunda pele é meu pavilhão

Orgulho estampado com ostentação

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