TST tenta acordo entre companhias aéreas e trabalhadores para evitar nova greve

O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho preside na tarde desta sexta-feira uma reunião de conciliação entre trabalhadores e companhias aéreas para evitar uma nova paralisação nos aeroportos. O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa pilotos e copilotos, pede um aumento salarial de 8,5%. Já o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) – representante das empresas Avianca, Azul, Gol e TAM – propõe um reajuste de 6,5%.

O impasse levou o ministro a sugerir 7% como índice intermediário, segundo relatos de sindicalistas que participam das conversas a portas fechadas em uma sala anexa ao plenário do TST. A audiência já dura quatro horas e meia. Gandra também teria sugerido, de acordo com os relatos, um aumento de 8,5% para os vales alimentação e refeição. Ele também tenta criar comissões paritárias para discutir a carga horária e o piso salarial (se nacional ou regional). “A nossa grande questão é a jornada, das madrugadas consecutivas (trabalhando)”, disse o piloto e diretor jurídico do SNA Marcelo Ceriotti.

Mais cedo, o ministro lamentou que trabalhadores tenham ignorado o pedido do tribunal para que não fizessem greve. Diante da recusa, na segunda-feira (20), o presidente do tribunal, ministro Barros Levenhagen, deferiu liminar determinando que as categorias mantivessem, diante da greve anunciada para quinta-feira (22), pelo menos 80% dos serviços em funcionamento, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Gandra, contudo, elogiou os aeroviários e aeronautas por terem paralisado as atividades por pouco tempo, na última quinta-feira (22), nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Fortaleza, Brasília, Porto Alegre, Salvador e nos dois aeroportos do Rio de Janeiro, Antônio Carlos Jobim e Santos Dumont. “A paralisação de uma hora, pelo efeito que causa, é de um impacto muito grande. Mas agradeço o esforço, porque se fosse de um dia e não de uma hora seria passar de bazuca para bomba atômica”, comparou.

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