Cinco pessoas vão responder por morte na Unicamp

A Delegacia de Homicídios de Campinas concluiu nesta quinta-feira, 03, que cinco pessoas foram culpadas pela morte do estudante do segundo ano de Mecatrônica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Denis Papa Casagrande, de 21 anos. Ele levou uma facada e foi espancado durante uma festa clandestina dentro do campus da universidade, na madrugada do dia 21 de setembro.

Além do casal Maria Tereza Pelegrino, de 20 anos, e Anderson Marcelino Mamede, de 20 anos, – que já estavam temporariamente presos desde o dia 27 -, André Motta, de 22 anos, e outros dois menores, de 15 e 16 anos, vão responder pelo crime. Todos fazem parte de um grupo de punks e não estudam na universidade.

O delegado Rui Pegolo concluiu que eles cometeram homicídio doloso duplamente qualificado – com motivo fútil e impedindo a vítima de defesa. O inquérito que será entregue à Justiça aponta que o estudante levou uma facada no coração dada por Maria Teresa e depois foi espancado por cerca de 15 punks. Mamede, Motta e os dois menores foram identificados por testemunhas.

Crime

Por volta das 3h30 do sábado, quando cerca de 3 mil pessoas participavam de uma festa clandestina na Unicamp, Casagrande teria sido confundido por Maria Teresa com uma pessoa que a assediou a caminho de uma área que era usada como banheiro. No local, ela teria iniciado a briga com o estudante, que levou uma facada no peito, tentou fugir, mas começou a ser agredido pelos demais membros do grupo.

Mamede chegou a provocar um ferimento com a faca em sua perna, para fingir que também foi vítima, durante a confusão, no dia do crime, mas depois confessou a estratégia à polícia.

Maria Teresa, que confessou o crime dias depois, alegou legítima defesa e argumentou que foi agredida pelo estudante. O inquérito concluiu que a tese não se sustenta. “Não foi legítima defesa”, afirmou o delegado. A pena para o crime pode ser de 12 a 20 anos de prisão. Para os menores, a internação pode ser de até 3 anos.

O advogado Rafael Pompermayer, que já pediu a liberdade de Maria Teresa, disse que ela agiu em legítima defesa, porque a vítima teria tentado agarrá-la à força. Ele também negou que sua cliente tivesse confundido Casagrande com outra pessoa. Os demais ainda não constituíram advogado.

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