Expectativa de vida aumenta 25 anos em cinco décadas

Dados do último Censo divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a expectativa de vida do brasileiro atingiu 73,4 anos em 2010, um aumento de 25,4 anos em comparação à década de 1960.

Além de ser um indicador da qualidade de vida da população, a expectativa de vida tem sido usada pela Previdência Social como um dos parâmetros do fator previdenciário, usado no cálculo das aposentadorias.

No cálculo, porém, o governo usa os dados da pesquisa Tábua de Mortalidade, também do IBGE. O motivo é que esta pesquisa é anual, enquanto o Censo ocorre apenas de dez em dez anos. Na última edição, divulgada em dezembro, a expectativa de vida atingiu 73,5 anos e resultou em uma redução média de 0,42% no valor das aposentadorias.

Pirâmida

Os dados divulgados hoje apontam outras modificações nas características gerais da população, como, por exemplo, a aceleração do processo de envelhecimento populacional, a redução na taxa de fecundidade e a reestruturação da pirâmide etária.

O número médio de filhos por mulher caiu de 6,3 filhos em 1960 para 1,9 em 2010. Segundo o IBGE, o valor é abaixo do nível de reposição da população, o que provoca mudança na pirâmide etária, com estreitamento da base e o alargamento do topo, refletindo a estrutura de população mais envelhecida, característica dos países mais desenvolvidos.

A redução dos níveis de fecundidade acarretou a diminuição de 42,7% (1960) para 24,1% (2010) da participação da população entre 0 e 14 anos de idade no total.

Além da queda da fecundidade, a diminuição da mortalidade proporcionou um aumento de 54,6% para 68,5%, nesse período, da participação da população em idade ativa (15 a 64 anos de idade). Já o aumento na participação da população de 65 anos ou mais, no período 1960-2010, saltou de 2,7% para 7,4%.

O Censo 2010 revelou, ainda, que, ao longo de cinco décadas, a razão de sexo passou de 99,8 (1960) homens para cada 100 mulheres para 96 homens (2010). O resultado decorre da maior mortalidade masculina em relação à feminina, motivada principalmente por causas como acidentes e homicídios.

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