Marcinho VP assassinado e jogado na lata do lixo

Rio – O traficante Márcio Amaro de Oliveira, o Marcinho VP, um dos mais perigosos do Rio de Janeiro, foi encontrado ontem morto em uma lata de lixo no presídio de Bangu 3. Os policias faziam revista no presídio, e deram falta do traficante. A morte de Marcinho VP foi confirmada pelo secretário estadual de Administração de Assistência Penitenciária, Astério Pereira dos Santos. Marcinho VP, chefe do tráfico no Morro Dona Marta, teria sido morto por integrantes de uma quadrilha rival. Ele ficou famoso na década de 90 quando o cineasta norte-americano Spike Lee teve que pedir sua autorização para filmar um clipe de Michael Jackson no morro Dona Marta.

O relacionamento de VP com a mídia também trouxe polêmica quando o cineasta João Moreira Salles declarou que pagava R$ 1.200 por quatro meses para que ele escrevesse um livro contando sua história, durante a produção do documentário Notícias de uma Guerra Particular. Marcinho não escreveu o livro, mas o repórter Caco Barcelos transformou sua trajetória em Abusado, o Dono do Morro Dona Marta, livro que acaba de sair pela Record. O traficante é apontado pela polícia como membro da organização criminosa Comando Vermelho (CV). Marcinho controlava o tráfico de drogas no morro Dona Marta, em Botafogo, zona sul do Rio. “VP”, na gíria policial, é a sigla para vapor, pequeno vendedor de drogas. Márcio Amaro de Oliveira, no entanto, não é o Marcinho VP original. O primeiro dono da alcunha é Márcio Nepomuceno dos Santos, ex-comandante do tráfico no Complexo do Alemão, preso na penitenciária Bangu 1. Marcinho VP foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio doloso e tráfico de drogas. Durante seu período de exposição na mídia por conta da visita de Spike Lee, ele chegou a declarar que não fumava, nem bebia, mas era “viciado em matar”.

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