Caso Eliza

Goleiro Bruno já é considerado foragido

O Ministério Público (MP) de Minas Gerais confirmou que o Tribunal do Júri de Contagem, na Grande Belo Horizonte, concedeu a prisão temporária de oito suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, de 25 anos. Os nomes não foram divulgados, mas entre os suspeitos que tiveram a prisão temporária decretada estão o goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes Souza, sua mulher, Dayanne Souza, e seu braço-direito, Luiz Henrique Romão, o “Macarrão”. Bruno e “Macarrão” já são considerados como foragidos da Justiça.

Dayanne foi presa pela manhã, segundo o advogado Ércio Quaresma. Ele também informou que já foi cumprida a prisão de Cleiton Gonçalves, que teria sido apontado ontem por um menor, durante depoimento à Polícia Civil carioca, como o responsável por transportar e de entregar o corpo da ex-amante do goleiro a um traficante, para ser “desovado”. O promotor designado para acompanhar o caso, Gustavo Fantini, deu parecer favorável às prisões, solicitadas pela Polícia Civil de Minas.

A expectativa é que Dayanne seja ouvida ainda hoje pelos delegados que comandam o inquérito que investiga o desaparecimento e possível assassinato da ex-amante de Bruno Eliza Samudio, de 25 anos, que dizia ter tido um filho com o goleiro. No início da investigação, aberta pela Delegacia de Homicídios de Contagem, a mulher de Bruno chegou a ser presa em flagrante por subtração de incapaz ao tentar esconder o bebê após o cerco policial, mas foi liberada depois que a Justiça aceitou o pedido de relaxamento da prisão.

De acordo com o depoimento de primo de 17 anos do goleiro do Flamengo, “Macarrão” convenceu Eliza a ir com o filho, de 4 meses, do Hotel Transamérica, na Barra da Tijuca (zona oeste), para o sítio do goleiro, em Contagem. Conforme o jovem – que não citou o nome do atleta em nenhum momento -, ele viajava escondido e armado na Range Rover de Bruno, quando Eliza o viu e houve uma discussão. Neste momento, o adolescente teria dado uma coronhada em Eliza, que, sangrando, ficou desacordada até chegar a Belo Horizonte. O menor não explicou como a jovem morreu e apenas informou aos policiais que o corpo foi entregue por “Macarrão” a um traficante de Contagem.