Especialista indica falhas de segurança em prédios de São Paulo

Os quatro prédios alvo de arrastões na capital paulista desde janeiro apresentam falhas em comum na parte de segurança. A convite da reportagem do Jornal da Tarde, Luiz Carlos Andrade, diretor da Rudi Consultoria, empresa que presta serviços no setor, visitou os condomínios. Em nenhum dos imóveis havia portarias distintas para morador e visitante. As câmeras também não tinham a chamada “visão panorâmica” da rua e estavam voltadas para entrada e saída do condomínio.

“É fundamental que o porteiro do prédio possa ver a movimentação em toda a rua. O criminoso pode aparecer de um ponto que o funcionário não tenha visibilidade”, afirma o especialista. Ainda segundo Andrade, dois dos prédios visitados, um nos Jardins, zona sul, e outro em Higienópolis, na região central, têm portarias recuadas, bem distantes da entrada do prédio, o que também dificulta a visão dos funcionários.

Outro problema comum encontrado nos outros três imóveis: tinha arbustos de grande porte e as câmeras de segurança estavam voltadas para a portaria. “É preciso deixar câmeras com vários direcionamentos.” Também no edifício mais uma falha: a cerca elétrica deveria ser mais alta, por causa do muro baixo. “O certo seria seis hastes de cerca e não quatro, como vimos”, afirma o especialista.