Skinhead é condenado a 19 anos por morte de adestrador

Henrique Veloso, do grupo de skinheads que matou o adestrador de cães Edson Neris, foi condenado nesta madrugada a 19 anos e seis meses de reclusão, pelo 1º Tribunal do Júri, em São Paulo. Veloso respondeu por homicídio e tentativa de morte triplamente qualificado motivação torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impediu a defesa das vítimas -, além de formação de quadrilha. A defesa vai recorrer.

Com pontapés, golpes de soco inglês e de corrente, os skinheads mataram Neris na noite de 6 de fevereiro de 2000, na Praça da República, no centro de São Paulo. O adestrador foi atacado por estar de mãos dadas com Dario Pereira Neto, que conseguiu fugir do grupo e refugiar-se na estação do Metrô.

O réu, interrogado em plenário, negou qualquer participação nos crimes. A defesa, a cargo do advogado Acacio A. de Alencar, pediu a absolvição. 

No processo foram denunciados 18 skinheads. Entretanto, a prova reunida na instrução permitiu mandar a júri popular apenas nove deles. Henrique Veloso foi o oitavo a ser julgado. Além dele, foram condenados os líderes do grupo Juliano Filipini e José Nilson Pereira da Silva, a 21 anos de cadeia cada um; Jorge da Conceição Soler a 3 anos e 4 meses; Vanderlei Cardoso de Sá também a 19 anos e 6 meses; Roberto Fernando Gros Dias a 2 anos de prisão por formação de quadrilha. Só dois foram absolvidos Marcelo Pereira Martins e Regina Saran. Só falta ser julgado Marcelo Camargo Milani.

A defesa vai recorrer ao Tribunal de Justiça pleiteando que Henrique Veloso seja levado a um segundo júri, com o argumento de que a decisão condenatória contrariou a prova contida no processo.

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