Campanha acirrada também no Senado

Foto: Agência Senado
Disputa no Senado esquenta, mas, ainda assim, mais discreta que na Câmara dos Deputados.

Na semana da eleição para a presidência do Senado Federal, os dois candidatos – Renan Calheiros (PMDB-AL), o nome mais cotado no PMDB, e o pefelista José Agripino Maia (RN) – intensificam o corpo-a-corpo para garantir os 41 votos necessários para assumir o cargo. O PMDB agendou uma reunião para amanhã, vésperas da eleição, para homologar a candidatura de Renan, que concorre novamente ao cargo.

Ontem, o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral Filho (PMDB), teve um encontro com Renan e, logo depois, anunciou o apoio ao atual presidente da Casa. Cabral garantia o voto fechado dos três senadores da bancada fluminense. Apesar de seu favoritismo, Renan quer se encontrar hoje com seu adversário do PFL, para fazer o último apelo em favor de uma candidatura de consenso.

?O Senado não quer disputa. Esta não é a tradição da Casa?, argumenta Renan, que aguarda apenas a escolha formal de seu nome pela bancada peemedebista para procurar o líder do PFL. Agripino, no entanto, deixa claro desde já que a conversa será inútil e que o enfrentamento será na urna pelo voto secreto.

Agripino deve encaminhar hoje à tarde aos 80 senadores uma carta compromisso para reafirmar que não é candidato da oposição. Ele dirá, ainda,que sua candidatura não é contra ninguém e defenderá a restrição da assinaturade Medidas Provisórias (MPs). A limitação das MPs é ponto pacífico na agenda de todos os candidatos presidência tanto da Câmara dos Deputados como do Senado.

O Congresso hoje é reativo, porque está sufocado pelo número de medidas provisórias editadas pelo presidente da República, disse Agripino. Antes de entregar a carta,elese reúne com os presidentes do PFL, Jorge Bornhausen (SC), e do PSDB, Tasso Jereissati (CE), partido que alinhou-se com a candidatura do pefelista desde que essa foi anunciada, no fim do ano passado.

O candidato pefelista tornará pública, esta tarde, a carta que entregará pessoalmente a cada um dos 80 eleitores, apresentando seu nome. No documento, ele se coloca não como uma proposta de oposição ao governo, e sim uma alternativa ?acima da questão ideológica, que garanta a independência da instituição?. Ele havia programado o lançamento de um manifesto, assinado conjuntamente pelo PFL e PSDB, mas ele e o líder tucano Arthur Virgílio Neto (AM), que participou da redação do texto, avaliaram que a carta era o melhor caminho para falar aos eleitores e à opinião pública. 

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