Anac visualiza ?apagão? no carnaval e se precavê

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) voltará a monitorar as centrais de reservas de passagens das companhias aéreas a partir da semana que vem.

Como parte das medidas que a agência reguladora vai implementar às vésperas do feriado de carnaval para evitar novo caos nos aeroportos brasileiros, o monitoramento pretende minimizar a ocorrência de overbooking (situação em que as empresas vendem mais bilhetes do que o número de assentos nos aviões). Ontem, a assessoria da Anac confirmou que até o final desta semana deverá ser anunciado um plano de ações para reduzir os transtornos dos usuários.

O desenho das medidas começaram a ser esboçados ontem. Entre elas, deverão estar a checagem de reservas de passagens vendidas e do limite de assentos disponíveis, como foi feito, no feriado de ano-novo quando, após ?apagão? ocorrido no Natal, a Anac passou a ter acesso às centrais de reservas das companhias. Os maiores problemas de overbooking foram registrados na TAM durante os dias que antecederam o Natal.

Outra preocupação para o feriadão do carnaval é uma possível ?operação-padrão? dos controladores de vôo. Oficialmente, a Aeronáutica sustenta que não há qualquer motivo para temer ?operação padrão? dos profissionais. Nos bastidores, entretanto, circulam informações de que os controladores estariam insatisfeitos por causa da demora do governo federal em tomar medidas para reestruturar as condições de trabalho da categoria e da regulação geral do setor.

As sugestões para mudanças no controle de espaço aéreo do País, feitas em dezembro passado, por um grupo técnico coordenado pelo Ministério da Defesa, somente no final da semana passada foram formalizadas em um documento do ministro Waldir Pires e enviado à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, disse ontem que, preliminarmente, o grupo encaminhou a sugestão de criação de um órgão civil para se responsabilizar pelo tráfego de aviões comerciais. Hoje, é a Aeronáutica quem comanda todo o setor. 

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