Governo admite déficit de energia

Brasília (AE) – O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, procurou minimizar ontem os riscos de o País vir a passar por um novo racionamento de energia nos próximos anos. Ele reconheceu, porém, que em 2010 ficariam faltando 600 megawatts (MW) médios para suprir o aumento da demanda se a economia crescer anualmente 5% nos próximos quatro anos.

Esse déficit, porém, é pequeno e, segundo o ministro, pode ser solucionado facilmente, já que essa quantidade de energia representa cerca de 1% da demanda atual do País. ?Não há nenhuma surpresa que não seja contornável, no que diz respeito ao abastecimento de energia até 2010?, disse. Esse déficit, segundo o ministro, poderia ser coberto, por exemplo, em um leilão de energia a ser realizado neste ano ou mesmo em 2009. ?Esses 600 megawatts médios podem ser contratados em um leilão, neste ano (2007), ou podem ser integrados ao mercado livre. Não é nem um pouco preocupante?, reforçou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, que participou ontem, junto com Rondeau, de reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Pelas projeções da EPE, se o PIB crescer 5% ao ano, o aumento do consumo de energia ficaria na casa dos 5,6% ao ano e é nesse caso que faltariam os 600 MW médios em 2010. 

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