Operação Carbono desbarata contrabando de pedras preciosas

Belo Horizonte (AE) – Seis pessoas, entre elas o chefe do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em Minas Gerais, Luiz Eduardo Machado de Castro, foram presas ontem durante a Operação Carbono, deflagrada pela Polícia Federal. O objetivo da ação é combater o contrabando de pedras preciosas, principalmente diamantes, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, evasão de divisas e outros crimes.

A investigação conjunta da PF e Ministério Público Federal contou com o apoio da Receita Federal e teve início há cerca de um ano e meio. Mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela 4.ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte. O chefe do DNPM mineiro foi preso durante a madrugada em Coramandel, na região mineira do Alto Paranaíba.

Castro é suspeito de facilitar a emissão ilegal, para a quadrilha, do Certificado Kimberley, documento que atesta a origem e a regularização na extração das pedras. Em Belo Horizonte foram presas quatro pessoas: Patrícia Santos Pompeu Magalhães, Viviane Albertino Santos, Daniel Carneiro Pires e Mateus Ribeiro da Silva. Este último seria o contador do grupo e com ele, de acordo com a PF, foi apreendida uma maleta com cerca de US$ 250 mil. O empresário Leandro Márcio dos Santos foi preso em Búzios, no Rio de Janeiro.

Até o início da tarde de hoje pelo menos três mandados de prisão ainda não haviam sido cumpridos. Entre os foragidos está Hassan Ahmad, apontado pela PF como o líder do esquema criminoso, junto com Viviane Albertino. Foram apreendidos também pedras preciosas e documentos em cerca de 40 endereços. Participam das buscas mais de 260 policiais federais, além de dezenas de auditores do Tesouro Nacional.

A maior parte das ações se desenvolve em Minas Gerais, mas houve buscas e prisões também no Rio de Janeiro e Mato Grosso. Uma das prisões foi feita em Búzios (RJ), na região dos Lagos, e as outras em Minas Gerais. Dentre os investigados há pessoas cujos nomes constam de registros da Agência Anti-Drogas dos Estados Unidos (Drugs Enforcement Agency DEA), e de advertências da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Interpol (Polícia Internacional).

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