Escassez de combustível na França dá sinais de melhora

A escassez de combustíveis na França – uma consequência da greve dos trabalhadores – começa a dar sinais de melhora a medida que ambos os lados parecem estar chegando a um acordo. A escassez de combustível que levou a longas filas nas bombas está se dissipando, disse o ministro dos Transportes do país, Alain Vidalies, aos jornalistas neste sábado (28). Ele advertiu, no entanto, que a crise não acabou e sindicatos, incluindo a CGT extrema esquerda, prometeram ainda mais ações dramáticas na próxima semana.

Alguns analistas dizem que ambos os lados já deram indícios de que estão à procura de uma saída para o confronto. “Nós estamos olhando para um retorno à mesa de negociações”, disse Dominique Andolfatto, professor de ciência política na Universidade de Burgundy e autor de um livro sobre a sociologia dos sindicatos franceses. Ele observou que o líder do sindicato, Philippe Martinez, disse que queria encontrar com o presidente François Hollande e destacou as recentes declarações de ministros franceses que estariam abertos à negociação

O desabastecimento tem sido um dos efeitos mais graves de semanas de ação, com o fechamento de refinarias, bloqueio de depósitos de combustível e interrupção de viagens de todo o país. Há crescentes preocupações de que os ataques irão interferir com Campeonato Europeu de Futebol no próximo mês. O governo socialista francês diz que as reformas trabalhistas são necessárias para reduzir a persistentemente elevada taxa de desemprego na França. O sindicato e outros esquerdistas dizem que as novas medidas vão destruir a rede de segurança social do país, sem geração de trabalho real. Fonte: Associated Press.

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