Obama pede mais de US$ 1,8 bi ao Congresso americano para combater zika

O presidente Barack Obama está pedindo ao Congresso mais de US$ 1,8 bilhão em fundos de emergência, para ajudar a combater o vírus da zika. Em um anúncio nesta segunda-feira, a Casa Branca disse que o dinheiro seria usado para expandir programas de controle do mosquito, acelerar o desenvolvimento de uma vacina, aprimorar os exames de diagnóstico e ampliar o apoio a mulheres de baixa renda grávidas.

“O que sabemos neste momento é que parece existir um risco significativo para mulheres grávidas e para aquelas que estão pensando em engravidar”, disse Obama, em entrevista transmitida nesta segunda-feira no “CBS This Morning”.

O pedido para o Congresso é separado do orçamento para o próximo ano fiscal que Obama apresentará ao Congresso na terça-feira. A Casa Branca busca obter recursos para a zika mais rapidamente do que o processo orçamentário regular permitiria.

Na terça-feira, funcionários da administração devem conversar sobre o plano de prevenção da zika com o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, e outros líderes do Congresso, disse o gabinete de McConnell.

A Organização Pan-Americana da Saúde informou que há 26 países e territórios nas Américas com transmissão local do vírus da zika. Até o momento, não houve transmissão do vírus por mosquitos dentro dos Estados Unidos, mas alguns americanos voltaram infectados para os EUA de locais afetados.

A maior parte do dinheiro seria alocada para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, para melhorar a capacidade laboratorial, lançar programas de educação e estabelecer equipes de resposta rápida. Cerca de US$ 250 milhões seriam alocados em assistência especificamente para Porto Rico. A ilha está no meio de uma crise fiscal. Mais US$ 200 milhões seriam para a pesquisa

e comercialização de novas vacinas e exames de diagnóstico.

O restante, cerca de US$ 335 milhões seriam para a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. O dinheiro ajudaria os países afetados na América do Sul, América Central e Caribe para fornecer treinamento aos funcionários do setor de saúde, estimular a pesquisa por parte do setor privado e ajudar as mulheres grávidas a obter acesso a repelentes, para proteção contra mosquitos.

Segundo a Casa Branca, o Centros de Controle e Prevenção de Doenças registrou 50 casos confirmados em laboratório entre americanos que viajaram, entre dezembro do ano passado e o dia 05 de fevereiro. Até o momento, o único caso recente de transmissão dentro dos EUA ocorreu no Texas e acredita-se que se deu através do contato sexual.

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