Governo do Chile enfrenta várias greves ao mesmo tempo

O governo da presidente do Chile, Michelle Bachelet, enfrenta várias greves simultâneas do funcionalismo público, entre eles os guardas prisionais, empregados do Registro Civil e dentistas de postos e hospitais públicos.

Os problemas começaram na segunda-feira, agravando-se nesta quarta-feira, após a ministra da Justiça, Javiera Blanco, que supervisiona as prisões, interromper as negociações com os dirigentes mobilizados, acusando-os de “dar uma bofetada nas pessoas, dizendo a elas que colocam seus interesses acima da segurança das pessoas”. Os guardas pedem melhora salarial, maior facilidade para promoções e reforço no pessoal.

Em resposta à ministra, os guardas ocuparam as dependências da prisão de mulheres de Santiago. O diretor do serviço penitenciário, Tulio Arce, afirmou que a vigilância nas cadeias está assegurada e que as visitas e a entrega de alimentos aos detentos continuam. Segundo as associações de funcionários, há 13 mil guardas prisionais de braços cruzados.

Já o Sindicato de Cirurgiões Dentistas e de Químicos Farmacêuticos e Bioquímicos anunciou paralisação de 48 horas, após seus representados serem excluídos de um acordo entre o Ministério da Saúde e o sindicato dos médicos, impedindo que os profissionais que trabalham 44 horas ou mais no sistema estatal recebam um aumento.

Outro conflito sério enfrentado pelo governo é a paralisação de uma semana dos funcionários do Registro Civil, que deixaram de entregar cédulas de identidade e passaporte nesse período. A titular do sindicato desses funcionários públicos, Nelly Díaz, disse que eles exigem o cumprimento de promessas de aumentos salariais e melhoras nas condições de trabalho. Milhares de chilenos são prejudicados pela paralisação do Registro Civil, especialmente os que precisam de passaporte para deixar o país. Fonte: Associated Press.

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