No Iraque, 18 trabalhadores da Turquia são sequestrados

Homens armados em picapes sequestraram nesta quarta-feira 18 trabalhadores turcos nas proximidades de Bagdá, gerando a segunda crise de reféns da Turquia no Iraque no último ano. Não se sabia ainda a identidade dos autores do sequestro, segundo autoridades iraquianas e turcas.

Em uniformes militares, os homens invadiram um estádio em construção no bairro de Cidade Sadr, em Bagdá, e capturaram as 18 pessoas, segundo a empresa turca Nurol Holding. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores turco, Tanju Bilgic, disse que os funcionários turcos foram os alvos: entre os sequestrados havia 14 operários, três engenheiros e um contador.

O caso é uma mostra dos perigos enfrentados por cidadãos turcos no Iraque e na Síria, onde Ancara combate abertamente o Estado Islâmico desde o fim de julho. O grupo militante controla grandes áreas nos dois países. Autoridades turcas e iraquianas, porém, não fizeram uma relação imediata entre a crise de reféns e a campanha contra o Estado Islâmico. Em Cidade Sadr, há uma maioria de muçulmanos xiitas e muitos dos moradores apoiam uma força paramilitar que trabalha junto com o Exército iraquiano para derrotar os sunitas do Estado Islâmico.

O grupo extremista, porém, lançou nas últimas semanas apelos para seus militantes terem os turcos como alvos. Em junho de 2014, o Estado Islâmico invadiu o consulado turco em Mossul, segunda maior cidade iraquiana, e capturou 49 diplomatas e funcionários e familiares durante mais de três meses. Fonte: Dow Jones Newswires.

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