Rebeldes xiitas do Iêmen tomam outro bairro de Áden

Os rebeldes xiitas do Iêmen e seus aliados consolidaram sua presença em outra parte da cidade portuária de Áden, no sul do país, após duros confrontos com milicianos leais ao governo exilado. Os rebeldes capturaram o palácio presidencial da área, segundo autoridades.

O mais recente avanço dos rebeldes, conhecidos como houthis, e seus aliados, partidários do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, mostrou que ainda há combates no país, apesar dos ataques liderados pela Arábia Saudita.

Os rebeldes assumiram o distrito de Tawahi, no sudoeste do país, matando o comandante militar da área, o major-general Ali Nasser al-Hassani, e tomando o palácio, segundo autoridades militares.

As forças dos Estados Unidos já chegaram a usar uma vez o palácio como centro de operações e de treinamento para forças antiterror, após rebeldes capturarem Sanaa em setembro. Especialistas e treinadores já haviam deixado a área quando os confrontos começaram em Áden.

Fontes no setor de segurança disseram, pedindo anonimato, que os ataques aéreos continuam ocorrendo pelo país, matando dezenas de rebeldes e seus aliados. O escritório de Direitos Humanos da ONU afirmou que pelo menos 46 civis foram mortos no Iêmen desde o início dos ataques aéreos, em 26 de março. O governo do presidente exilado Abed Rabbo Mansour Hadi, que está na Arábia Saudita, afirma que pelo menos mil pessoas morreram. Além disso, pelo menos 300 mil tiveram de fugir de suas casas.

O ministro das Relações Exteriores do Iêmen, Riad Yassin, pediu que a comunidade internacional intervenha para resgatar os civis que, segundo ele, são atacados deliberadamente pelos houthis. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse esperar garantir uma trégua na guerra, no momento em que se prepara para conversas na Arábia Saudita nesta quinta-feira. Fonte: Associated Press.

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