Estado de Plateau

Nigéria: Líderes comunitários acusam militares de matar civis

Líderes comunitários e moradores do Estado de Plateau, na região central da Nigéria, acusaram neste domingo tropas nigerianas de matar dezenas de civis e arrasar moradias para vingar a morte de seis soldados.

Um porta-voz da Força Tarefa Especial do país disse que suas tropas estão envolvidas apenas em uma batalha com uma milícia tribal que teria matado seis soldados e mutilado seus corpos na semana passada. Os soldados tiveram seus olhos arrancados, suas línguas cortadas e foram decapitados, segundo moradores da região, que falaram sob condição de anonimato, temendo represálias. O porta-voz da força, capitão Ikwedichi Iweha, negou que civis tenham sido atacados pelos militares.

O chefe de aldeia Jessie Miri disse a jornalistas que até 80 pessoas teriam sido mortas em ataques no fim de semana por soldados no distrito de Wase. Moradores afirmaram que os soldados chegaram em mais de uma dúzia de veículos blindados.

O líder comunitário Jangle Lohbut convocou uma entrevista coletiva na capital do Estado de Plateau, Jos, para dizer que tinha documentado pelo menos 38 mortes, incluindo as de dois policiais, membros do Corpo de Segurança Nacional e Defesa Civil, e um membro de um grupo de vigilantes. “Soldados invadiram algumas aldeias em Wase… Aldeias pertencentes ao grupo étnico Tarok e outras tribos foram destruídas, e muitas vidas, de homens, mulheres e crianças, foram perdidas”, afirmou. Segundo ele, centenas de pessoas estão desabrigadas.

O líder de jovens Sambo Shafi’i disse que os ataques foram em geral contra pessoas do grupo Tarok depois que jovens de uma milícia Tarok mataram os seis soldados na quinta-feira. Quatro soldados ainda estão desaparecidos. Fonte: Associated Press.

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