EUA: Senadores pedem sanções duras contra Rússia

Dois membros do Comitê de Relações Exteriores do Senado norte-americano pediram neste domingo sanções mais duras do Ocidente contra a Rússia. Eles defendem que sejam incluídas nas sanções a indústria petroquímica e os bancos e alertaram que Moscou até o momento ignorou os pedidos de Estados Unidos e Europa para recuar nos confrontos com a Ucrânia.

“Ajudamos durante muitos anos a criar os problemas que existem lá hoje e deixá-los sozinhos da forma como estamos deixando é injusto”, disse o republicano Bob Corker, membro sênior do comitê, a um programa da TV NBC. “Não acredito que Putin realmente acha que o estamos punindo”, acrescentou.

O senador democrata, Chris Murphy, também membro do comitê, disse que “o momento é de engrenar rapidamente nossas sanções, seja contra petroquímicas ou bancos russos”. “Vai haver dores econômicas para a Europa (com sanções mais duras), mas acredito que é o momento para que eles liderem também”, disse.

Corker, que planeja estar na região em maio, também citou empresas. Ele disse que a menos que os russos “comecem imediatamente a mover os 40 mil soldados na fronteira que estão intimidando as pessoas na Ucrânia”, será preciso impor sanções a empresas no setor de energia. Ele citou a exportadora de gás natural Gazprom. “Acredito que também devemos atingir alguns dos grandes bancos lá”, completou.

O presidente norte-americano, Barack Obama, disse que sua administração está preparada para tomar mais medidas contra a Rússia se os esforços diplomáticos para desestabilizar o conflito falharem. O vice-presidente, Joe Biden, espera chegar a Kiev, capital da Ucrânia, na segunda-feira para se reunir com líderes do governo.

O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, declarou na semana passada que os EUA estão olhando maneiras de reforçar entre seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) seu compromisso com a defesa coletiva. O contra-almirante John Kirby, porta-voz do Pentágono, disse que os oficiais norte-americanos estão considerando uma ampla variedade de medidas para reforçar a preparação de segurança aérea, marítima e em terra na Europa. Um oficial disse no sábado que os EUA consideram disponibilizar até 150 soldados para exercícios militares começando na Polônia e na Estônia. Fonte: Associated Press.

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