Partido de premiê espanhol nega pagamentos secretos

O governista Partido Popular da Espanha negou as informações publicadas uma reportagem do jornal El País, segundo a qual diversos líderes do partido, incluindo o primeiro-ministro Mariano Rajoy, receberam pagamentos entre 1997 e 2008 de um sistema contábil secreto, gerenciado pelo ex-tesoureiro do partido, Luis Bárcenas. A reportagem publicada pelo El País foi a primeira a citar o nome de Rajoy, que se tornou primeiro-ministro no fim de 2011.

Em comunicado, o partido disse que os pagamentos para autoridades e funcionários “sempre foram feitos legalmente e em cumprimento das obrigações fiscais relevantes”. Bárcenas saiu do partido em 2010, depois de ser citado em uma investigação pelo Tribunal Superior de Madri por suposto pagamento de propina a políticos com ligação com contratos de governos locais. Posteriormente o Tribunal Nacional assumiu o caso.

No começo deste mês, o Superior Tribunal nacional afirmou que Bárcenas acumulou cerca de 22 milhões de euros (US$ 29,85 milhões) em recursos de origem incerta em contas bancárias na Suíça.

Jornais espanhóis têm afirmado que durante anos Bárcenas supervisionou a distribuição mensal de envelopes contendo milhares de euros em dinheiro para altos membros do partido, enviados por empresas de construção e de outros setores, em troca de ajuda para a obtenção de contratos. O partido negou qualquer conhecimento do esquema e disse que fará uma auditoria em suas contas.

Um advogado de Bárcenas não quis comentar a distribuição de envelopes com dinheiro, mas afirmou que era responsabilidade de qualquer um que recebia os recursos declará-los às autoridades fiscais. As informações são da Dow Jones.

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