Mortes pelo furacão Sandy sobem para 54 no Haiti

As autoridades haitianas elevaram hoje para 54 o número de mortos pela passagem da tempestade Sandy no final de semana, ante 52 da estimativa anterior, em meio a preocupações que a devastação provoque um aumento dos casos de cólera no país.

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Em todo o Caribe, as mortes provocadas pelo fenômeno meteorológico totalizam 71. O governo do Haiti, um dos países mais pobres do mundo, deve revisar o número de vítimas à medida que os alagamentos começarem a ceder, permitindo que os funcionários públicos viajem pelo restante do território atingido. Há pelo menos 21 desaparecidos, que não constam dessa estimativa.

Segundo a Defesa Civil do país, uma das novas mortes foi registrada após um deslizamento de terra; e outra pessoa se afogou devido ao transbordamento de um rio local.

O presidente Michel Martelly declarou estado de emergência no país por um mês.
O Sandy, que chegou à costa caribenha como um furacão, perdeu força e se tornou um ciclone pós-tropical ao atingir a costa leste dos EUA.

Cólera

A rede britânica BBC reporta hoje os temores das autoridades haitianas com um possível recrudescimento dos casos de cólera. Em abril, o Ministério da Saúde Pública e População informou um salto no número de ocorrências da doença após algumas tempestades atingirem o país. Mas no final de setembro, o primeiro-ministro Laurent Lamothe chegou a divulgar que a epidemia estava sob controle.

A doença contaminou quase 600 mil haitianos e matou mais de 7.400 desde outubro de 2010. O cólera é uma infecção que provoca diarreia aguda e pode levar à morte por desidratação. Ocorre em locais com saneamento precário, e pode ser tratada com a ingestão de fluidos.

O país foi devastado por um terremoto em 2010. E conforme algumas estimativas, aproximadamente 500 mil haitianos continuam desabrigados.