Chile reconhece mais 9.800 vítimas da ditadura

O governo do Chile reconheceu formalmente nesta quinta-feira mais 9.800 vítimas da ditadura militar que vigorou no país entre 1973 e 1990. Com isso, o número de pessoas assassinadas, torturadas ou aprisionadas por motivos políticos durante o regime ditatorial aumentou para mais de 40 mil.

Um esforço similar realizado em 2004 determinou que 27.153 sobreviventes estavam aptos a receber compensação mensal do governo pelos abusos cometidos contra eles por agentes da ditadura liderada pelo general Augusto Pinochet.

Contando as 3.065 pessoas que foram assassinadas ou que desapareceram durante o regime de exceção, a lista oficial acatada hoje pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera, totaliza 40.018 vítimas da ditadura.

Os sobreviventes reconhecidos pelo governo receberão uma pensão mensal equivalente a pouco mais de R$ 400. Com a nova lista, o governo passará a dedicar o equivalente a cerca de R$ 200 milhões por ano para compensar as vítimas do regime.

A Comissão Nacional sobre Tortura e Aprisionamento Político foi criada em fevereiro de 2010, em um dos últimos atos de Michelle Bachelet como presidente chilena. O organismo checou as informações fornecidas por milhares de pessoas para formular a nova lista de vítimas. As informações são da Associated Press.

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