Seis manifestantes são mortas na Costa do Marfim

Forças de segurança leais a Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder na Costa do Marfim, mataram hoje seis mulheres que protestavam contra o presidente. Ao mesmo tempo, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que mais de 200 mil pessoas tiveram de fugir da crescente violência política no país.

As manifestantes foram alvos de metralhadoras em Abobo, um subúrbio que foi cenário dos mais violentos choques desde a eleição de 28 de novembro, na qual Alassane Ouattara foi reconhecido pela comunidade internacional como vencedor. Mohamed Dosso, um assessor do prefeito de Abobo, disse que um blindado e várias caminhonetes apareceram quando as mulheres protestavam e homens armados abriram fogo. Grupos de mulheres têm liderado as marchas, pensando que as forças de Gbagbo não disparariam nelas.

Pelo menos 26 pessoas morreram em Abobo nas últimas 24 horas, informou a ONU. O confronto entre os dois líderes políticos que disputam a presidência alcançou novo patamar de violência recentemente, quando o exército começou a utilizar armas de guerra, como morteiros e granadas, contra os manifestantes. Os conflitos dos últimos três meses já deixaram quase 400 pessoas mortas no país.

Várias delegações de líderes africanos viajaram até Abidjã, centro comercial da Costa do Marfim, tentando persuadir Gbagbo a abandonar o poder. Mas ele rechaçou todas essas propostas, incluindo as ofertas de anistia e exílio. As informações são da Associated Press.

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