ONU pede auxílio da China para referendo no Sudão

O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu à China que auxilie nas complicadas eleições do Sudão e de Mianmar (ex-Birmânia). Ban disse que a China, um dos 5 membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) do órgão e aliada próxima do governo sudanês, pode ajudar a garantir um desfecho pacífico para o referendo do sul do Sudão, que acontecerá em janeiro.

A região sudanesa irá votar e decidir se irá se separar do governo de Cartum. No caso de Mianmar, a junta militar marcou para o próximo domingo as eleições legislativas. Será o primeiro pleito do país asiático em duas décadas. “Eu peço à China o auxílio em assistir as duas partes, para que elas encontrem o caminho em direção a um futuro pacífico e reconheçam quais são seus interesses comuns”, disse Ban ao governo chinês, se referindo ao Sudão, onde o sul, de cultura africana e religiões cristã e animistas, quer se separar do norte, de idioma árabe e religião islâmica.

A China tem atualmente 340 soldados no sul do Sudão, que servem na força de paz da ONU para a região, de 14,5 mil soldados. Além disso, outros 320 soldados chineses integram a força de paz da ONU, de 26 mil homens, para a região sudanesa do Darfur, no leste do país africano. A China poderá auxiliar na logística para a realização do referendo, sugeriu Ban.

Além da questão sudanesa, Ban disse que a China pode ajudar nas eleições em Mianmar, para garantir que a junta militar atue de uma maneira positiva após as eleições do próximo domingo. “Como um vizinho confiável e amigo, o papel da China será crítico em auxiliar a ONU a ajudar Mianmar a encontrar seu caminho futuro”. As informações são da Associated Press.

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