EUA lançam navios antimísseis de olho em Pyongyang

Dois navios norte-americanos capazes de monitorar e interceptar foguetes partiram da Coreia do Sul hoje, dias antes do esperado lançamento de um foguete pela Coreia do Norte. Os destróieres USS McCain e USS Chafee partiram do porto de Busan, segundo um porta-voz militar norte-americano. Não foi informado o destino das embarcações. Reportagens sul-coreanas, citando funcionários não identificados, afirmam que os navios dos Estados Unidos iriam monitorar o lançamento da Coreia do Norte, previsto para ocorrer entre 4 e 8 de abril.

Pyongyang afirma que enviará um satélite de comunicações em órbita, mas outros países suspeitam que se trate de um teste de um míssil de longo alcance. Os EUA, o Japão e a Coreia do Sul disseram para o país desistir do plano, argumentando que o teste implicaria sanções, por causa de uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) proibindo o país de realizar qualquer atividade balística.

Em entrevista concedida ontem, o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse que o projétil não seria interceptado, a não ser que se tratasse de algum míssil anormal seguindo em direção ao Havaí “ou algo assim”. Para piorar as relações com Seul, autoridades norte-coreanas detiveram um sul-coreano que trabalha em uma zona industrial conjunta na nação comunista, por supostamente denunciar o sistema político de Pyongyang, informou o Ministério da Unificação sul-coreano hoje. O homem, não identificado, foi acusado de criticar o regime norte-coreano e incitar empregadas a fugir do país.

A Coreia do Norte afirmou que abandonará as negociações sobre seu programa nuclear caso sofra sanções pelo teste. Em Seul, o presidente Lee Myung-bak disse que a Coreia do Sul se opõe a qualquer resposta militar ao teste. No Japão, foram posicionados mísseis Patriot ao redor de Tóquio. Além disso, navios de combate foram enviados ao Mar do Japão, segundo funcionários locais. O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, encontrou-se ontem com seu colega britânico, Gordon Brown. Ambos concordaram em enviar o caso ao Conselho de Segurança, caso Pyongyang realize o teste.

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