Natação do Japão quer superar no Rio o número de medalhas obtidas em Londres-2012

A equipe japonesa de natação está desde a semana passada em São Paulo, onde treina motivada pela confiança em quebrar recordes nos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Parte dos atletas viaja nesta quinta-feira para a cidade olímpica otimista em superar a quantidade de medalhas em Londres, em 2012, e ainda preparar uma promissora geração para Tóquio, em 2020.

Há nove dias a delegação chegou ao clube Hebraica para um período de treinos e aclimatação que servirá ao mesmo tempo como preparação para as duas próximas edições dos Jogos. Enquanto buscará a partir de semana que vem superar as 11 medalhas de Londres, a equipe trouxe ainda quatro juniores medalhistas em Mundiais da categoria, incluindo uma competidora de 14 anos – Natsumi Sakai.

Dos 44 japoneses na capital paulista, 34 são atletas e outros 10 integram a comissão técnica. O principal nome do país, Takeshi Matsuda, dono de três medalhas olímpicas e especialista em nado borboleta, tem 32 anos e é um dos mais experientes do grupo.

O Japão irá ao Rio com a segunda maior delegação de nadadores da sua história, menor apenas que a de Tóquio, em 1964. A ordem é superar as 11 medalhas dos Jogos de Londres, a maior quantidade ganha pelo país nos últimos 76 anos, mas que não teve um ouro. Foram três pratas e oito bronzes. “Queremos no mínimo uma medalha de ouro e, ao mesmo tempo, manter uma quantidade parecida de outras medalhas”, disse o técnico da equipe, Takayuki Umehara.

A grande aposta de chegar ao lugar de honra no pódio é a nadadora Rie Kaneto, de 27 anos, e dona do melhor tempo do ano nos 200 metros peito. “Estou me esforçando bastante porque quero muito o ouro e vou conseguir. O Japão tem crescido no esporte graças ao nosso trabalho de equipe e a evolução dos treinadores”, afirmou a atleta, que elogiou a carne e o feijão brasileiros.

Outros favoritos à medalha são Ryosuke Irie, bronze nos 100 metros costas em Londres, e Kosuke Hagino, que na última Olimpíada se destacou ao levar o bronze nos 400 metros medley aos 17 anos.

Os nadadores têm treinado em dois períodos no clube paulistano. Eles aprovaram a estrutura e ressaltaram que o tempo seco em São Paulo ajuda nos treinos. Os asiáticos exigiram exclusividade na área da piscina e uma ala reservada no restaurante. Além deles, a delegação de Israel também está no local.

Na última terça-feira, a equipe foi ao Rio para validar a credencial olímpica e conhecer a Vila Olímpica, onde não notaram graves problemas. “Fui ver a estrutura e os quartos onde vamos ficar. Não vi algo preocupante. Temos até um ponto de ônibus perto do alojamento. Estamos felizes com as condições”, explicou o treinador.

Antes de passar pelo Brasil, os japoneses vieram de três diferentes locais de preparação. Alguns deles vieram dos Estados Unidos e México, mas a maioria saiu de Tóquio, capital do Japão, e enfrentou 37 horas de viagem até chegar em São Paulo.

PROJETO 2020 – A montagem da delegação japonesa que está no Brasil se preocupou em dar oportunidades também para jovens nadadores. A comissão técnica espera propiciar aos novatos aprendizado para que nos Jogos Olímpicos de Tóquio a equipe consiga rivalizar com os norte-americanos, principal potência no esporte.

Em Londres, o Japão só não ganhou mais medalhas no número total do que os Estados Unidos na natação e alcançou a marca de quarta maior potência olímpica na modalidade. “O resultado que conquistarmos no Brasil será utilizado como base para nosso desenvolvimento para Tóquio, quando vamos buscar melhorar”, afirmou o treinador da equipe.

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