Reservas, Walace e zagueiro Luan prometem empenho por vaga na seleção olímpica

Num grupo com 18 atletas na disputa por posição, a chance de conseguir uma vaga entre os titulares é sempre maior do que em elencos maiores. Na seleção masculina de futebol que vai tentar a medalha de ouro na Olimpíada, porém, conseguir uma vaga entre os 11 parece, no momento, bastante difícil para dois jogadores: o zagueiro Luan, do Vasco, e o volante Walace, do Grêmio. Tudo indica que serão reservas no time de Rogério Micale.

Apesar do discurso oficial, comum a todos os técnicos, de que todos em um grupo tem chances iguais de ser titulares a partir do desempenho nos treinamentos, é clara a preferência por uma dupla de zaga formada por Marquinhos e Rodrigo Caio e por dar a Thiago Maia, ou a Rodrigo Dourado, o lugar destinado ao volante no time.

Luan e Walace já perceberam isso, mas não se abatem nem se entregam. Se apegam no espírito de grupo e no empenho dos treinos para mudar a situação a médio prazo ou mesmo estarem preparados para entrar em situações com contusão ou suspensão do titular. E dizem que o importante é fazer parte de um grupo que pode entrar para a história.

“Todos querem jogar, têm qualidade e estão preparados para aproveitar quando surgir uma oportunidade”, disse o vascaíno Luan em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira. Nos treinos realizados até agora, ele ficou quase sempre na equipe reserva, mas não desanima.

Até porque é velho conhecido de Micale, que já o levou para várias competições, entre elas os Jogos Pan-Americanos de Toronto no ano passado – o Brasil ficou com a medalha de bronze e Luan é o único jogador que esteve no Canadá que integra a atual seleção olímpica.

Walace joga numa posição cujo titular ainda não está totalmente definido por Micale. Mas tem ficado atrás de Thiago Maia e de Dourado nos treinos, apesar de na teoria ser o mais experiente por ter participado do grupo da seleção principal que disputou recentemente a Copa América Centenário. No entanto, ele só está na seleção olímpica porque o Shakhtar Donetsk não liberou Fred.

O jogador do Grêmio encara a situação com naturalidade. “A gente tem de se manter motivado. Todos aqui estão em busca da oportunidade. Se ganharmos, vamos entrar para a história do futebol. Quero participar disso.”

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