Em busca dos sócios

Atlético terá que mudar política para ter mais associados

Nos últimos dias, o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, vem batendo na tecla de que o clube precisa alcançar 40 mil sócios para alcançar os objetivos dentro de campo. No entanto, para chegar a esta marca, o Furacão teria de alcançar o segundo melhor desempenho do Brasil na relação entre o número de associados e o tamanho de sua torcida.

Essa é conclusão de um estudo realizado por Tomás Barreiros, especialista em gestão profissional do futebol. O primeiro colocado na relação é o Internacional, que tem 5,6 milhões de torcedores, segundo o último censo de 2015, e possui 136.980 sócios. Ou seja, 2,46% dos colorados são associados do clube do coração.

Já o Rubro-Negro tem aproximadamente 24 mil associados e 2,4 milhões de torcedores. A média atual é de 1% de sócios em relação ao número total da torcida. Para atingir os 40 mil desejados por Petraglia, o Atlético teria de ter 1,6% da nação atleticana pagando o plano Sócio Furacão, que oferece programas nos valores de R$ 40, R$ 100, R$ 150 e R$ 500.

A pesquisa calculou a média geral de sócios em relação ao número total de torcedores de 12 equipes: Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco. O resultado final constata que apenas 0,85% dos torcedores são associados ao time que torcem, o que coloca o Atlético acima da média.

O estudo também compara o plano Sócio Furacão com os programas dos três clubes que têm o maior número de sócios: Internacional, Corinthians e Palmeiras. A principal diferença são preços mais baratos que o trio oferece em relação ao Furacão.

“Falta ao Atlético planos mais flexíveis com valores mais baixos. Inter, Corinthians e Palmeiras têm programas de até R$ 12,99. Oferecem menos vantagens, mas é uma forma de abranger a um número maior de torcedores que só querem se sentir sócios do clube”, afirma Barreiros.