Bahia e Náutico empatam sem gols na Fonte Nova pela Série B

Não houve vencedor no tradicional clássico nordestino entre Bahia e Náutico, nesta noite de terça-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA). Num jogo bem disputado pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, houve empate sem gols, placar justo pela falta de eficiência nas finalizações dos baianos e pela aplicação dos pernambucanos. O Bahia, que vinha de derrota para o Vasco, fica com oito pontos, um a mais do que o Náutico, que tinha goleado o Sampaio Corrêa.

Cada técnico soube escalar seu time da melhor maneira com o que tinha à disposição. O Bahia, de Doriva, com meias de qualidade como Juninho e Renato Cajá, além de bons atacantes, entrou armado no 4-3-3, bastante agressivo. O Náutico, de Alexandre Gallo, ao contrário, congestionou o meio campo e só deixou um jogador na frente: Rafael Coelho. Famosa estratégia de “jogar por uma bola”.

Quase que o visitante se deu bem. Aos 11 minutos, Rony foi lançado por Maylson nas costas da defesa, invadiu a grande área e bateu para fora. Mas o Náutico sofreu lá atrás, principalmente com os chutes fortes de Juninho e com Renato Cajá, que chutou na trave aos 36 minutos após invadir a área e driblar Júlio César. Foram oito finalizações dos baianos.

No segundo tempo, o Bahia voltou ainda mais ofensivo com o meia Danilo Pires entrando no lugar do volante Feijão. O Náutico colocou Taiberson na vaga de Jefferson Nem, outra arma para os contra-ataques. O time da casa continuou melhor, mas insistindo com passes longos e ligações diretas, influindo diretamente nas conclusões a curta distância.

Aos 15 minutos, ainda sem ritmo de jogo, Cajá saiu para a entrada do atacante Zé Roberto. É o Bahia mais ofensivo. Renan Oliveira entrou na vaga de Bergson e soltou uma bomba logo no seu primeiro chute, que quase surpreendeu o goleiro Marcelo Lomba. As mudanças de Doriva deixaram o time muito vulnerável, a torcida perdeu a paciência aos 21 minutos, após duas chances perdidas pelo Náutico, e chamou o treinador de burro.

Doriva queimou sua terceira troca com Henrique no lugar de Edgar Junio. Com isso, não reequilibrou as ações do meio de campo. O Náutico, porém, não abriu mão de sua estratégia e só se arriscou “na boa”. A grande chance do Bahia aconteceu aos 34 minutos, quando Juninho cobrou falta e a bola explodiu no travessão. No rebote, Luisinho cabeceou para fora.

Na próxima sexta-feira à noite, os dois times já voltam a campo. O Bahia, de novo em casa, recebe o Paysandu, às 19h15. Mais tarde, a partir das 21h30, o Náutico pega o Joinville na Arena Pernambuco.

FICHA TÉCNICA:

BAHIA 0 X 0 NÁUTICO

BAHIA – Marcelo Lomba; Tinga, Jackson, Éder e João Paulo; Feijão (Danilo Pires), Juninho e Renato Cajá (Zé Roberto); Luisinho, Hernane e Edgar Junio (Henrique). Técnico: Doriva.

NÁUTICO – Júlio César; Joazi, Rafael Pereira, Eduardo e Matheus Muller; Gastón Filgueira, Maylson (Hélder), Rony, Bergson (Renan Oliveira) e Jefferson Nem (Taiberson); Rafael Coelho. Técnico: Alexandre Gallo.

ÁRBITRO – João Batista de Arruda (RJ).

CARTÕES AMARELOS – João Paulo (Bahia); Joazi, Bergson, Júlio César e Rafael Coelho (Náutico).

RENDA – R$ 127.564,00.

PÚBLICO – 8.662 pagantes.

LOCAL – Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

Voltar ao topo