Pé fora da forma

Atlético cria chances, mas erros interferem na classificação

Três jogos, um empate e duas derrotas. O início do Atlético no Campeonato Brasileiro, em termos de resultados, não é dos melhores. Atualmente na zona de rebaixamento, o Furacão ainda não engrenou, embora tenha mostrado em momentos das partidas que poderia estar ocupando uma posição melhor.

Até mesmo diante do Palmeiras, logo na estreia, quando foi goleado por 4×0, o Rubro-Negro, mesmo que por alguns minutos, foi superior ao adversário. Quando o placar ainda estava 0x0, o time desperdiçou duas boas chances de abrir o placar. Porém, foi o único momento em que teve chance de dominar o duelo. O primeiro gol palmeirense e, principalmente, o segundo, com menos de um minuto do segundo tempo, derrubaram a equipe em campo.

Contra o Atlético-MG, uma situação semelhante. O Atlético começou melhor a partida e rapidamente fez o gol, com André Lima. Depois, poderia ter ampliado a vantagem, mas, aos poucos, foi caindo de produção e deixou o nervosismo tomar conta devido a arbitragem.

Mas no duelo com o Botafogo, na última quarta-feira, os erros de finalização foram mais gritantes. Ao longo da partida, o Furacão finalizou 15 vezes, mas apenas seis chutes foram em direção ao gol, marcando apenas uma vez.

“Está difícil, né. Tivemos chances, o goleiro (do Botafogo) fez uma grande defesa, e em um vacilo que nós demos eles chegaram e fizeram o gol. Se você pegar o jogo, nós dominamos o tempo todo, mas eles chegaram duas vezes e mataram o jogo”, afirmou o atacante Walter.

Erros que acabam prejudicando o desempenho do time na competição e influenciando na classificação. Em um torneio que promete ser tão equilibrado como o deste ano, qualquer ponto desperdiçado pode fazer a diferença.

“Estamos criando bastante, mas precisamos fazer isso se concretizar em gol para que as vitórias saiam com mais tranquilidade. Estamos no caminho certo, trabalhando bem, mas infelizmente não estamos conseguindo concretizar em gol”, avaliou o volante Otávio.

“Foi consenso que fizemos mais do que o necessário para ganhar o jogo, mas não tivemos a mesma efetividade do adversário quando criamos as oportunidades de gol. Fica a lição de que precisamos ter um aproveitamento muito maior na frente para galgar lugares melhores no campeonato”, apontou o auxiliar-técnico Bruno Pivetti.