A confiança da torcida do Atlético na conquista do título estadual e acabar com um jejum de conquistas que já dura sete anos é tanta que os ingressos para o jogo decisivo, neste domingo, no Couto Pereira, diante do Coritiba, esgotaram rapidamente. Ontem, em pouco mais de três horas todas as quatro mil entradas foram vendidas.
Desde a última segunda-feira, torcedores acamparam, literalmente, em frente a Arena da Baixada. A procura foi tanta que gerou confusão, devido a algumas pessoas tentarem furar fila, e fez o presidente do conselhor deliberativo Mario Celso Petraglia pedir desculpas via redes sociais.
“Sem palavras para nos desculpar com os sócios por este fiasco nas vendas físicas dos ingressos para o Atletiba. Nosso sistema deu pane!. Perdoem!”, lamentou Petraglia, em seu perfil no Twitter. “Como as vendas seriam só para os sócios, erramos também em pensar que haveria educação e respeito aos que chegaram primeiro”, criticou ele.
No entanto, a euforia fica por conta da torcida. Mesmo com a boa vantagem conquistada no jogo de ida, o Atlético trabalha com todo cuidado para evitar o clima de ‘já ganhou’ e entrar em campo de salto alto. Embora o Furacão jogue de maneira muito confortável, uma vez que pode perder por dois gols de diferença que ainda assim será campeão, o discurso entre os jogadores é de que não se pode cantar vitória antes do tempo. Segundo o meia-atacante Pablo, é necessário jogar para vencer para evitar qualquer tipo de desconcentração.
“Temos que esquecer o primeiro confronto e pensar que teremos mais 90 minutos, completamente diferentes. Temos vantagem, mas isso não significa nada. Vamos jogar para vencer e convencer novamente. Sabemos da qualidade da nossa equipe e continuamos concentrados”, afirmou o jogador.
Mas internamente o clima no Atlético é de total descontração e tranquilidade. No treino de ontem pela manhã, no CT do Caju, os jogadores se mostravam completamente soltos. Teve até espaços para brincadeiras, por conta do aniversário do volante Otávio e do atacante André Lima. Até Paulo Autuori sorria. Bem diferente de outros tempos.