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Opinião: Erros da arbitragem em jogo do Paraná não podem ficar em vão

Todos nós – torcedores, jornalistas, atletas, treinadores, dirigentes – temos a tendência de achar tudo na arbitragem ruim. Exageramos, certamente. Usamos o apito como muleta para fracassos, para esconder más atuações ou crises, para criar fatos novos, para movimentar sites, jornais, emissoras de rádio e TV, para descarregar nossa raiva nas redes sociais.

Mas raramente acontece algo tão gritante como foi o jogo entre Foz do Iguaçu e Paraná Clube, domingo (20), na tríplice fronteira. O trio de arbitragem liderado por Selmo Pedro dos Anjos Neto falhou em três lances capitais – expulsou Nadson sem razão para tanto rigor, deu um pênalti inexistente de Allexson em Chilavert e confirmou um gol impedido de Safirinha.

O Foz não tem culpa nenhuma. Seu time é muito bem armado e tem alguns jogadores que merecem observação, em especial Safirinha, a revelação do Paranaense. O que acontece é que uma interferência tão profunda muda o resultado do jogo. O Paraná pode reclamar muito porque poderia ter vencido o jogo e reassumido a liderança do campeonato.

Podemos discutir se a arbitragem paranaense vive má fase. No Atletiba, Fábio Filipus não deu pênalti em um toque claro de Paulo André e transformou em penalidade uma falta fora da área de Eduardo em Vinícius. A diferença é que o Coritiba foi superior ao Atlético e os lances não impactaram tanto no contexto do jogo.

Particularmente, a fase da nossa arbitragem me parece melhor do que em anos anteriores. Claro que é possível evoluir A tendência é que os árbitros mais jovens comecem a aparecer inclusive em escalas nacionais. Vão acertar e errar normalmente, como todos nós. É bom sempre lembrar que exigimos dos trios uma perfeição que nenhum ser humano pode oferecer.

Falhas acontecerão. Mas interferências em resultado podem minar um trabalho de recuperação que já vem de tempos. E até por isso, é fundamental que o comando da arbitragem paranaense reaja ao que aconteceu em Foz 3×3 Paraná.