Nem o mais otimista torcedor paranista esperava a goleada do Paraná Clube por 4×1 sobre o J. Malucelli, anteontem, na largada do Campeonato Paranaense. Muito mais do que a vitória convincente diante do Jotinha, a boa atuação do Tricolor empolgou o bom público presente no Durival Britto. O técnico Claudinei Oliveira, porém, afirmou que o momento não é de empolgação e sim de correção de alguns erros para a sequência do Estadual.
“Não acho que está tudo certo. Tem muita coisa para corrigir e isso temos que rever uma ou duas vezes e procurando espaço para crescer. Não podemos nos acomodar nas vitórias, achando que ganhou está bom e que não precisa evoluir. A gente precisa buscar uma evolução. Acho que que com a condição física melhor, com mais ritmo de jogo, a gente tende a evoluir e corrigir muita coisa ainda”, explicou o treinador.
Mesmo com os pés no chão e sem alarde depois do resultado positivo na estreia, o treinador elogiou a aplicação da equipe, mas não escondeu o incômodo com o gol sofrido para o Jotinha. “Tomamos um gol de bola parada, que veio do escanteio. Tem que valorizar a cobrança do Thomas e a cabeçada, mas tem que evitar esse tipo de lance e não pode tomar esse tipo de gol. Mas a maioria fez o que a gente pediu e fez muito bem feito, com muita aplicação em campo”, acrescentou.
Arrumado
Ainda em um processo de remontagem e sem dispor de peças de reposição a altura neste início de temporada, o time paranista mostrou, diante do J. Malucelli, muita organização em campo, conforme prometido pelo técnico Claudinei Oliveira. “Falei durante a semana que podia se esperar um time organizado e brigando por todas as bolas. Foi o que a gente fez. Mostramos organização e entrar em campo achando que íamos golear, não achei. Mas aproveitamos as chances que tivemos e ainda poderíamos ter feito mais, mas o goleiro deles foi atuando bem em alguns lances”, detalhou o treinador.
Frente
O setor ofensivo empolgou o torcedor paranista. De acordo com Claudinei Oliveira, o entrosamento de Nadson e Válber, trazidos do Sampaio Corrêa, aliado ao bom entendimento com Robson e Lúcio Flávio foram importantes para a boa produção diante do Jotinha.
“O Nadson e o Válber se conhecem do Sampaio Corrêa e eles se entenderam muito bem com o Robson e o Lúcio Flávio.
Fernandes também foi muito bem, chegando à linha de fundo. O entrosamento é trabalho. Apesar de não estarem 100%, eles vão se conhecendo melhor, se entendendo e, cada vez mais que eles se entendem, vão criar mais chances de gols. Mas não podemos esquecer da sustentação que o Jean e o Uchôa deram para que eles ficassem mais soltos para atacar. Então, os quatro foram muito bem, se movimentaram bem, mas passa pelo conjunto e pela boa postura de todos”, finalizou o treinador.
 |
| Empresa de cosméticos passa a ser o patrocinador principal do Tricolor. Foto: Divulgação. |
Nadson destaca o bom ambiente
Principal contratação do Paraná Clube para a temporada de 2016, o meia Nadson provou logo na sua estreia que todo o esforço feito pela diretoria paranista para concretizar a sua vinda ao Tricolor valeu a pena. Na goleada por 4×1 aplicada sobre o J. Malucelli, o camisa 8 foi o principal destaque do time de técnico Claudinei Oliveira. Empolgado, Nadson não se surpreendeu com o resultado e destacou o bom ambiente do grupo paranista neste início de ano.
“Não vejo com surpresa essa vitória na estreia, pois nosso ambiente é muito bom. A gente trabalhou muito para que, a gente pudesse estrear bem, claro que não imaginava estrear com quatro. Mas estava sim nos nossos planos vencer esse primeiro jogo e agora vamos dar continuidade no trabalho para brigar pelo título”, cravou o meia paranista.
Fora de casa
O Tricolor terá agora dois jogos seguidos para fazer fora de casa. Depois do Operário, quinta-feira, em Ponta Grossa, o time paranista terá pela frente o Maringá, dia 10, no Willie Davids. Mesmo assim, Nadson cobra que a equipe tricolor mantenha a sua postura apresentada na goleada sobre o J. Malucelli.
“Times que brigam por títulos conseguem jogar da mesma maneira dentro e fora de casa. Acho que tem que ser assim, jogar para frente, mas claro com inteligência. Se o jogo não tiver bom para a gente, vamos esperar um pouco, mas não mudar a maneira de jogar porque está jogando fora de casa. Tem que jogar para frente e assim a gente vai conseguir as vitórias”, arrematou o camisa 8.
Trabalho mais tranquilo
Em fase de reconstrução nos seus bastidores, o Paraná Clube anunciou, na última sexta-feira, que a empresa Racco Cosméticos será o patrocinador master do clube para a temporada. Os valores não foram revelados, mas a empresa de cosméticos, além de um aporte financeiro mensal até dezembro, vai auxiliar a volta do time profissional do Tricolor para o Ninho da Gralha, em Quatro Barras, a partir de março que, assim, também passará a se chamar CT Racco, como o atual local de treinos, no Caiuá.
No ano passado, a Racco era responsável por arcar os custos do CT usado hoje e consolidou seu aporte ao Paraná através de patrocínios pontuais na camisa. No Ninho da Gralha, a empresa está fazendo melhorias. A parceria está consolidada sobretudo pela paixão pelo Tricolor do diretor presidente da empresa, Luiz Felipe Rauen. “Sou um apaixonado pelo clube, sou torcedor acima de tudo. Meu negócio com o Paraná é passional. Estou acompanhando todo o trabalho que está sendo feito e esse grupo do Paranistas do bem, no ano passado, entrou para fazer uma mudança e essa mudança é brutal, saindo da água para o vinho”, apontou ele.
Melhoria
Sem receber o aporte do empresário Carlos Werner (que optou em equalizar as dívidas com Léo Rabello, no caso de Thiago Neves), o Paraná está conseguindo caminhar com suas próprias pernas, pelo menos neste início de ano. O patrocínio da Racco é o segundo anunciado pelo Tricolor, que na primeira semana de janeiro divulgou que a Rodas Scorro vai estampar sua marca nas mangas da camisa.
O presidente Leonardo Oliveira afirmou que o patrocínio da Racco dará mais tranquilidade ao clube para este ano. “É importantíssimo na reconstrução que estamos movendo, mas também pela garantia”, pontuou o mandatário paranista, que comentou sobre a boa estrutura que a empresa disponibilizará no Ninho da Gralha.
“A estrutura que a Racco nos proporcionou nos últimos anos no Caiuá agora está se transferindo para o Ninho da Gralha. Teremos a mesma estrutura, com campos maiores e uma estrutura que, na nossa visão, é melhor do que temos aqui. Será também estendida à base e utilizada pelo profissional”, acrescentou Oliveira.
Porém, para ter um ano de fato tranquilo, o Tricolor precisa mais. Por isso, Leonardo Oliveira garantiu que o clube ainda está atrás de novas parcerias. “Temos mais tranquilidade agora, mas vamos continuar nessa pegada para que, em 2016, a gente consiga ter mais parcerias”, concluiu ele.