Em um festival de pênaltis, o Coritiba não teve dificuldade alguma para golear o Cascavel por 4×0, sábado, na estreia no Campeonato Paranaense. O Coxa dominou a maior parte do tempo, tanto que o goleiro Wilson teve trabalho apenas em duas ocasiões, mas com poucos chutes, os gols saíram em três penalidades e em um belo chute de Kleber.
O duelo, na verdade, serviu mais para o técnico Gilson Kleina e a torcida verem um Alviverde com uma postura diferente. Pela Primeira Liga, na quarta-feira, no empate em 0x0 com o Internacional, o Coritiba atuou no 4-4-2, com Thiago Lopes, Juan e Negueba sendo os criadores e Kleber sozinho lá na frente. No Estadual o treinador mudou a postura. Sacou Alan Santos e Thiago Lopes e colocou Amaral e Leandro, jogando no 4-3-3. O primeiro entrou para fechar os espaços na defesa e o segundo para dar mais mobilidade lá na frente.
O Coxa jogou com uma postura mais ofensiva, abusando dos lados do campo. Com Amaral, os dois laterais tinham mais liberdade para atacar. Enquanto isso, na frente, Negueba, Leandro e Kleber se revezavam. Tanto que Leandro é quem mais apareceu pelo meio, com o Gladiador caindo pela esquerda. “Trabalhamos muito pelos lados, com o Ceará e o Carlinhos, preenchemos o meio-campo, mas faltava um jogador no primeiro pau nestas jogadas de cruzamento. Ficamos felizes pelo resultado, mas sabemos que precisamos evoluir”, avaliou Kleina.
Dificuldades e gols
Porém, o Alviverde encontrou muita dificuldade para infiltrar na área. A preocupação do Cascavel era praticamente se defender. Até por isso, ficou evidente o problema da armação do Alviverde.
Juan esteve apagado no primeiro tempo. A transição entre defesa e ataque surgia mais pelos lados. Tanto que nesses poucos chutes, os primeiros gols só surgiram em cobranças de pênaltis, cometidas em jogadas laterais. Aos 23 da primeira etapa, Leandro fez jogada pela direita e, ao marcar Kleber, Romarinho derrubou o atacante. O árbitro marcou pênalti, que o Gladiador converteu.
No segundo tempo, aos 25, Juan arrancou pela esquerda, deu o drible da vaca no marcador, invadiu a área e foi derrubado por Fernando. Na cobrança, o camisa 55 mandou no canto direito rasteiro do goleiro. Aos 34, Carlinhos cruzou pela esquerda e a bola bateu no braço de Sorbara. Outro pênalti, desta vez foi batido por Dudu, no canto esquerdo de Fernando.
O mais bonito foi deixado para o final. Aos 41, o Alviverde trabalhou bem a jogada até a bola cair nos pés de Kléber, que mandou da entrada da área.
Reforços ainda na pauta
O Coritiba ainda segue em busca de reforços para a temporada de 2016. A prioridade da diretoria é a contratação de um meia de ligação para reforçar o setor de criação, que, atualmente, não conta com muitas opções e tem Juan atuando improvisado. O técnico Gilson Kleina admitiu que a contratação do meia Felipe Menezes é difícil, mas garantiu que o Verdão ainda não descartou a contratação do jogador, que foi destaque do Goiás na última temporada.
“O Felipe (Menezes) é jogador que está sendo monitorado desde dezembro e o que chegou para nós é que ele tinha uma situação na Europa e as coisas não evoluíram. Ele não está descartado”, garantiu Kleina. “Nós estamos pensando sempre em reforçar e o que nós pensamos é que o reforço tem que ser pontual, seja o Felipe ou não. Que esse jogador venha para agregar e que a equipe cresça no seu nível técnico”, explicou o treinador.
Além de um meia, a diretoria alviverde segue atenta ao mercado. Com a possibilidade da negociação do zagueiro Luccas Claro, não está descartada a vinda de mais um defensor. Um lateral-esquerdo e um atacante mais de referência também estão na pauta da cúpula do Verdão. “Necessitamos (de um atacante). A diretoria está bem atenta ao mercado e temos que avaliar o critério técnico. Mas temos que ver a realidade financeira do clube”, ressaltou ,Kleina
O atacante Jorge Ortega, que está no Sportivo Luqueño do Paraguai interessa, mas até o momento não há nenhuma negociação em andamento. Outro gringo que está na lista do Verdão é o meia Acosta, do Boca Juniors. O clube tenta o empréstimo junto ao time argentino, mas ainda falta o acerto do salário para que a negociação seja concretizada.