Ronaldo vê pôquer crescendo no Brasil, mas nega ser ‘viciado’

Um dos maiores nomes da história do futebol, Ronaldo está aposentado dos gramados desde 2011, mas segue fazendo uso com maestria de sua popularidade mundial e do seu tino para negócios para aumentar a sua fortuna e ampliar seus horizontes nos mais variados seguimentos da sociedade.

Dono da 9ine, empresa de marketing esportivo e entretenimento, sócio de escolinhas de futebol que levam o seu nome, investidor do Fort Lauderdale Strikers (time de futebol dos Estados Unidos), entre outras atividades, o ex-atacante também consegue arrumar espaço em sua agenda para uma das principais diversões: o pôquer, que para ele também é uma fonte de renda garantida, independentemente do que ganhar com apostas na mesa de baralho.

Ao lado de astros como Neymar e Cristiano Ronaldo como “embaixadores” do PokerStars, maior site de pôquer online do mundo, o astro brasileiro esteve nesta última quarta-feira no hotel WTC Sheraton, em São Paulo, onde ajudou a promover o primeiro dia do BSOP (Brazilian Series of Poker) Millions, a final do Circuito Brasileiro desta modalidade.

Mais do que isso, ele também sentou à mesa no final da noite para jogar ao lado de outras estrelas do esporte, como Maurren Maggi, saltadora medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, e Bruno Soares, um dos maiores duplistas do tênis mundial na atualidade, em outra ação promocional da qual foi a grande estrela nesta quarta.

E Ronaldo aposta que o pôquer em breve conseguirá ter um reconhecimento global como um esporte de competição, e não apenas uma diversão ou um jogo que movimenta milhões ao redor do mundo em apostas. Em breve entrevista exclusiva à Agência Estado em meio à atribulada agenda que compromissos que ele tinha de cumprir durante o evento na capital paulista, Ronaldo fez questão de não qualificar o seu amor a este jogo como a de quem poderia ser considerado um “viciado”, como normalmente são chamados os praticantes desta modalidade cujo lucro com as apostas, para boa parte das pessoas, é o grande atrativo – e não apenas a diversão que ela proporciona.

“Eu amo jogar pôquer e tomei um gosto muito grande pelos torneios presenciais, mas quando não posso jogar estes torneios eu adoro jogar online. Eu não diria que sou viciado, porque isso remete a coisa ruim, a um vício, e é um esporte que um faço com prazer e o pratico muito constantemente”, afirmou.

Ao promover o pôquer como garoto-propaganda de um dos mais famosos sites desta modalidade no mundo, Ronaldo lembrou que o Brasil agora já tem a regulamentação que deu um novo status a este esporte, cujos principais representantes no País seguem lutando para que se desvincule da imagem de “jogo de azar”. E isso é fundamental até porque este tipo de prática passou a ser proibida em solo nacional a partir de 1946, quando em abril daquele ano o então presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, assinou decreto-lei sob argumento de que o jogo é “degradante para o ser humano”.

“O pôquer entrou definitivamente no conselho de esportes da mente, junto com esportes como xadrez e dama, e é muito bom que a gente consiga mostrar isso para as pessoas e assim atrair cada vez mais gente ao pôquer”, afirmou o ex-jogador, que vê esta famosa modalidade de baralho em franca ascensão, mesmo que ainda enfrente preconceito e barreiras por ser mundialmente conhecida como um jogo intimamente ligado ao mundo das apostas.

“Eu vejo que o pôquer está evoluindo muito e cada vez mais as pessoas no mundo todo estão praticando o pôquer. A primeira impressão que tenho é a de que um jogo bacana, que é de mente, mas as pessoas precisam realmente se aprofundar nele. Precisam realmente estudar o jogo, precisam entender bem a agressividade que você tem de ter em um jogo. É um esporte da mente que requer estudo, disciplina, que as pessoas estão aprendendo e praticando cada vez mais”, ressaltou Ronaldo.

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