Que rotina

Nos últimos Brasileiros, Coxa tem sofrido até o final pra não cair

Lutar para não cair para a Segunda Divisão tem virado rotina para o Coritiba nas recentes edições do Campeonato Brasileiro. Depois de brigar por uma vaga na Libertadores da América até a última rodada em 2011, o time coxa-branca tem sofrido nas últimas temporadas com o risco constante de ser rebaixado. As campanhas nos últimos anos foram parecidas e, a exemplo do que aconteceu nas temporadas de 2012, 2013 e 2014, o Verdão, neste ano, terá que dar um algo a mais na reta final para permanecer na elite em 2016.

Duas grandes diferenças marcam a temporada atual do Coritiba com as últimas três edições do Brasileirão. Uma delas foi a troca no comando técnico nos piores momentos do Verdão na competição nacional. Se neste ano, mesmo na lanterna, a diretoria manteve Ney Franco, nos outros, houve trocas no comando nos momentos decisivos. Porém, nunca uma crise política afetou tanto o rendimento dentro de campo na disputa da Série A como em 2015.

A situação mais emblemática aconteceu no início do segundo turno de 2012. Apesar do bicampeonato estadual e das grandes campanhas realizadas na Copa do Brasil, o técnico Marcelo Oliveira foi demitido e substituído por Marquinhos Santos, que evitou o rebaixamento e deixou o clube na 13ª posição com 48 pontos.

Em 2013, Marquinhos Santos deixou o comando após a eliminação da Sul-Americana para o Itagui, no Couto Pereira. Porém, a troca não fez bem à equipe. O técnico Péricles Chamusca foi contratado e, faltando menos de um mês para o final do Brasileirão e depois da derrota em casa para o Criciúma, o treinador, com menos de dois meses de trabalho, foi demitido e Tcheco assumiu nas últimas seis rodadas. O Coxa, na ocasião, terminou na 11ª posição com 48 pontos.

No ano passado, o então presidente Vilson Ribeiro de Andrade perdeu a mão no comando do clube, adotou um regime presidencialista e não evitou uma crise interna, principalmente com o atraso no pagamento dos salários dos jogadores. O Coxa apostou no técnico Celso Roth para a disputa do Brasileirão e o fracasso no início do Brasileirão custou o cargo do experiente treinador.

A diretoria coxa-branca, então, recorreu mais uma vez ao técnico Marquinhos Santos, que conseguiu, principalmente no segundo turno, dar um novo rumo para o Coritiba no Brasileirão e terminou a competição nacional com 47 pontos, na 14ª posição, oito a mais que o Vitória, que foi o primeiro time rebaixado à Segundona.

História que se repete

A história do ano passado se repetiu em partes na atual temporada. Já sob o comando do presidente Rogério Portugal Bacellar, o Coritiba iniciou mal o Campeonato Brasileiro e, no primeiro turno, marcou sua segunda pior campanha na história do certame com apenas 18 pontos somados. O técnico Marquinhos Santos foi demitido na sexta rodada e Ney Franco assumiu.

Os resultados, no entanto, não apareceram em um primeiro momento. A crise política do clube e o conflito de ideias de membros do G5 alviverde atrapalharam, segundo Ney Franco, no rendimento da equipe coxa-branca durante o primeiro turno do Brasileirão. Depois dos afastamentos dos vice-presidentes André Macias e Pierre Boulos, o Coxa, mesmo no seu pior momento, decidiu manter o treinador e agora, mesmo precisando de pelo menos quatro vitórias nos últimos nove jogos, vive dias mais tranquilos na disputa da competição nacional. (LF)

Sprint

Nos últimos anos que o Coritiba lutou para não cair, somente em 2013 a campanha do primeiro turno foi superior ao do segundo turno.

Assim, o que está acontecendo neste ano, com a recuperação do Coxa no segundo turno, já se repetiu nos anos de 2012 e 2014.

O maior equilíbrio entre as campanhas nos dois turnos do Brasileirão aconteceu em 2012.

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