Brasileirão

Números de Cristóvão dão esperança aos rubro-negros

Ainda sem conquistar nenhum título na sua curta carreira como treinador, o novo técnico do Atlético, Cristóvão Borges, começou ontem a trabalhar no CT do Caju com dois objetivos bem definidos pela diretoria atleticana: ser campeão da Copa Sul-Americana e livrar, o quanto antes, o Rubro-Negro do risco de rebaixamento. Pelo menos nos números, o novo comandante do time atleticano provou, nas passagens que teve por Vasco, Bahia, Fluminense e Flamengo, que sabe o caminho das pedras para fazer boas campanhas no Brasileirão.

Em 2011, depois do então técnico do Vasco, Ricardo Gomes, sofrer o AVC no meio do clássico contra o Flamengo, Cristóvão Borges assumiu o comando do time da colina e levou a equipe ao vice-campeonato brasileiro. Foram 19 jogos no comando do time carioca com uma campanha de nove vitórias, sete empates e três derrotas, totalizando 59% de aproveitamento, a melhor marca do treinador em uma edição de Brasileirão. Borges foi escolhido, na ocasião, o melhor treinador do Brasileirão. Este é o atual rendimento do Grêmio, terceiro colocado na classificação da competição nacional.

Em 2012, Cristóvão Borges comandou o Vasco até a 23ª rodada do Brasileirão, quando foi demitido depois da derrota em casa para o Bahia por 4×0. O time carioca, sob o seu comando durante os 23 jogos, conseguiu somar 56% dos pontos disputados, terminou a edição da competição nacional daquele ano na quinta posição e por pouco não conseguiu a vaga na Libertadores.
Cristóvão voltou a comandar uma equipe no ano seguinte, quando assumiu o Bahia no mês de maio. O treinador esteve a frente do tricolor de aço em toda a disputa do Brasileirão. Nos 38 jogos, foram 12 vitórias, 12 empates e 14 derrotas, totalizando aproveitamento de 42%, seu pior rendimento em uma edição da competição nacional.

Laranjeiras

Assim, Cristóvão Borges, no ano passado, fez um bom trabalho no Fluminense. O tricolor carioca, durante o Brasileirão, teve 53% de aproveitamento e um dos melhores ataques da competição nacional. Apesar do sentimento de frustração pela sexta colocação, Borges permaneceu nas Laranjeiras para 2015. Porém, a trajetória acabou em março, depois de um empate contra o Tigres, pelo Campeonato Carioca. Dois meses depois, ele foi o escolhido para substituir Vanderlei Luxemburgo no comando do Flamengo. Foram 16 jogos do rubro-negro carioca no Brasileirão sob o comando do treinador com 7 vitórias, um empate e 8 derrotas, totalizando 45% de aproveitamento.

Perfil

“O técnico ideal para o momento do Atlético”. A frase dita pelo ex-zagueiro Heraldo é um resumo do que outros três ex-companheiros de trabalho de Cristóvão Borges disseram sobre o novo técnico do Atlético.

“É um cara respeitado por todos e um aglutinador por natureza. Um profissional como ele se dá bem em qualquer time, em qualquer situação. Vai fazer muito bem para um ambiente como o do Atlético”, contou Heraldo, que veio para o Furacão em 1983 junto com Cristóvão, Cândido e Zezé Gomes – como “moeda de troca” pela venda do casal 20 Washington e Assis ao Fluminense. ele não trabalhou só no Atlético. Em 2001 foi auxiliar de Ricardo Gomes no comando do rival Coritiba. A passagem marcou a carreira do então gerente de futebol Oscar Yamato. “Um profissional exemplar. Muito estudioso da parte tática, era um ótimo auxiliar para o Ricardo”, lembr,ou. Antes de chegar ao Furacão, Cristóvão trabalhou no Vasco, Bahia, Fluminense e Flamengo. No rubro-negro foi treinador do atacante Marcelo, ex-jogador do Furacão. “É um bom treinador, um homem de muito respeito e que trata todo mundo muito bem. Uma ótima pessoa”, disse.

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