O sul-coreano Chung Mong-Joon atacou a Confederação Asiática de Futebol, nesta quinta-feira, por apoiar a candidatura do seu rival, o francês Michel Platini, nas eleições da Fifa, a serem realizadas no dia 26 de fevereiro do próximo ano. Mong-Joon classificou de “fraude” o suporte da entidade ao europeu.
“É obviamente um caso de fraude eleitoral por infringir os direitos básicos de outro candidato à presidência [da Fifa]”, declarou o sul-coreano, em entrevista coletiva. Herdeiro da família controladora da Hyundai, Mong-Joon se referia às cartas que a Confederação vêm enviando aos seus filiados para pedir apoio a Platini. Ele entregou cópia das cartas a dirigentes da Fifa responsáveis pela eleição e pelo comitê de ética.
À imprensa, o sul-coreano apresentou uma das cartas, cujo título era “Proposta e apoio da candidatura do Sr. MP para o cargo de presidente da Fifa”. O documento é encerrado com a seguinte frase: “Finalmente, desejamos confirmar que a [nome da federação] está apoiando apenas o Sr. MP e, de acordo com isso, não estamos declarando apoio a nenhum outro candidato na eleição”. Mong-Joon alega que MP significa Michel Platini.
Em resposta, a Confederação Asiática afirmou que os candidatos precisam contar com apoio de determinado número de federações ao redor do globo e algumas entidades asiáticas questionaram os dirigentes da Confederação para saber quem deveriam apoiar. O presidente da entidade, o xeque Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, do Bahrein, já havia declarado apoio público a Platini.