Nem mesmo o mais otimista torcedor atleticano imaginaria que o Furacão, faltando apenas três rodadas para o final do primeiro turno, estaria lutando por uma das vagas no G4 do Brasileirão. Com um rendimento ruim no Paranaense, quando disputou o Torneio da Morte, o Atlético, comandado pelo técnico Milton Mendes fora de campo e pelo atacante Walter dentro das quatro linhas, se reorganizou, mudou seu rumo na temporada de 2015 e hoje é uma realidade dentro da principal competição do futebol nacional.
Um dos motivos da ascensão do Atlético na temporada é o trato fácil do treinador atleticano com o grupo atleticano. Vindo da Ferroviária de Araraquara – parceira do Atlético- e até então desconhecido no cenário do futebol brasileiro, Milton Mendes ganhou rapidamente a diretoria, os jogadores e o torcedor rubro-negro. O comandante, que substituiu Enderson Moreira no final de abril, é um motivador nato e este é um fator determinante para a boa campanha do Furacão no Brasileirão.
No duelo de domingo, contra o Palmeiras, por exemplo, Milton Mendes admitiu que trabalhou o fator motivacional com o time atleticano. “Se o anão vai brigar com o gigante e for covarde vai dizer: ‘ele é tão grande que vai me matar’. Agora, se o anão é corajoso diz: ‘nossa, ele é tão grande que não tem como errar’”, contou o treinador, explicando qual foi a teoria utilizada com o grupo antes do jogo contra o alviverde paulista.
Walter é o “cara” em campo
Não menos importante, o atacante Walter é, dentro de campo, o principal jogador do Atlético na caminhada dentro do Campeonato Brasileiro. O “gordinho”, que sempre sofreu com seu peso, passou a ser decisivo quando esteve em campo e hoje é o atual ídolo do torcedor atleticano.
A relação dele com Milton Mendes provou quanto o treinador tem o grupo atleticano nas mãos. O centroavante pediu para jogar diante do Palmeiras, foi relacionado, entrou no segundo tempo e, como de costume, decidiu o duelo a favor do Furacão. “Esse cara aqui é um pai para mim, me ajudou muito. Ajudou esse grupo. Ele chegou e levantou. Só tenho a agradecer ao professor pela confiança que ele me deu”, comentou Walter após o jogo.
MM ressaltou a luta do goleador atleticano contra a balança e para chegar na sua forma física ideal. “Todos sabemos a luta que Walter tem em relação ao peso. (…) Ele carrega isso, é um trauma de infância, um problema que todas as pessoas que tem problemas com peso carregam, pois tentam de alguma forma ou de outra diminuí-lo. Walter está tentando, não é uma coisa fácil, e está retornando de lesão. Cheguei à conclusão que seria importante a ida dele, como foi”, concluiu o treinador, em entrevista ao Sportv.
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