Húngara Katinka Hosszu bate recorde mundial em piscina longa pela 1ª vez

Em um só dia, três recordes mundiais femininos da natação foram batidos no Mundial de Kazan (Rússia). Depois da norte-americana Katie Ledecky, nas eliminatórias dos 1.500m, e da sueca Sarah Sjöstrom, na final dos 100m borboleta, a “dama de ferro” Katinka Hosszu, da Hungria, fez a melhor marca da história nos 200m medley para faturar a medalha de ouro na prova.

Famosa pelo programa surreal de treinos, que permitem que ela chegue ao nível de disputar todas as provas da natação em uma mesma competição de três dias, Katinka ainda carecia de um recorde mundial em piscina longa na carreira. Donas de três títulos e seis medalhas em Mundiais de piscina de 50 metros e quatro recordes mundiais nas de 25 metros, ela agora vai atrás de uma medalha olímpica.

Em Kazan, com 2min06s12, superou em apenas 0s03 o antigo recorde mundial dos 200m medley, que desde 2009 pertencia à americana Ariana Kukors. Pelo feito, abriu mão de nadar a semifinal dos 100m costas, depois de ser a mais rápida nas eliminatórias. Teria meia hora para se recuperar.

Priorizando a final dos 200m medley, botou mais de dois segundos sobre a segunda colocada, a japonesa Kanako Watanabe (2min08s45), que ficou com a prata. Slobhan Marie O’Connor levou o bronze para a Grã-Bretanha, com 2min08s77.

Mais cedo, a sueca Sarah Sjöstrom, de apenas 21 anos, federada pelo Esporte Clube Pinheiros, voltou a bater o recorde dos 100m borboleta. Ganhou o ouro com 55s64, baixando 10 centésimos a antiga marca, que durou menos de um dia. Afinal, nas eliminatórias, domingo, ela completou a prova em 55s74. No total, baixou 0s34 o recorde que à americana Dana Vollmer desde os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Já a americana Katie Ledecky, de apenas 18 anos, bateu o recorde mundial dos 1.500 metros pela quarta vez em apenas três anos. A garota está promovendo uma nova era na prova mais longa da natação feminina – mas que não está no programa olímpico. Até dois anos atrás, o recorde mundial era 15min42s54, da também norte-americana Kate Ziegler. Nesta terça, a adolescente baixou essa marca para 15min27s71, melhorando já em 15 segundos o recorde da geração anterior à dela.

SEM TECNOLOGIA – Na natação masculina, são poucos os recordes batidos nos últimos anos, porque alguns dos melhores de todos os tempos viviam o auge de suas carreiras à época do traje tecnológico, até 2009. Assim, é muito difícil baixar as marcas daquela época.

Na semifinal dos 200m livre, o norte-americano Ryan Lochte fez o melhor tempo (1min45s36), mas ficou longe do recorde mundial (1min42s00). O recordista, o alemão Paul Biedermann, também passou para a final. Confirmando a fase ruim da natação masculina dos EUA, Conor Dwyer não avançou.

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