Larga na frente

Com apenas 19 anos, Crysan deixa atacantes no banco

Principal jogador do Atlético no Campeonato Brasileiro, o atacante Walter, quando não pode atuar, seja por suspensão e agora por lesão, cria uma dor de cabeça daquelas para o técnico Milton Mendes. Depois de algumas tentativas sem sucesso para encontrar o substituto do camisa 18, o treinador atleticano pode ter encontrado no atacante Crysan, de 19 anos, a peça ofensiva que estava procurando.

Antes de Crysan, que chegou a ser afastado no final de maio por atos de indisciplina pelo próprio técnico Milton Mendes, outros jogadores foram testados para ocupar a vaga de Walter. Nem Ytalo, que já foi utilizado mais à frente na equipe, nem Douglas Coutinho, nem Caíque, e muito menos Dellatorre e Cléo conseguiram se firmar no setor ofensivo quando foram utilizados para suprir a ausência de Walter.

Primeira chance

Assim, depois de Walter sofrer uma lesão muscular na coxa esquerda no final da partida contra o Fluminense, na Arena da Baixada, Crysan foi o escolhido do técnico Milton Mendes para ser a principal peça de ataque do Furacão no jogo contra a Chapecoense.

Tímido, o centroavante não foi nem de perto aquele jogador que foi artilheiro do Campeonato Brasileiro Sub-20 no ano passado e, ainda por cima, desperdiçou duas grandes chances de marcar contra os catarinenses.

Contra o Avaí, na Ressacada, novamente Walter não atuou e Milton Mendes apostou mais uma vez na jovem promessa atleticana para compor o ataque. Mais solto, Crysan não só teve uma boa atuação, mas também foi autor da assistência para o primeiro gol do Furacão, marcado por Marcos Guilherme, que abriu o caminho da vitória sobre o time catarinense.

Mais uma chance

Para o duelo contra o Palmeiras, domingo, às 11h,  no Allianz Parque, em São Paulo, Walter dificilmente terá condições de jogo e, assim, Crysan terá mais uma vez a chance de provar que pode substituir à altura o camisa 18 atleticano.

Punição

Crysan foi punido no final de maio por ter ido para a noite com o meio-campo Marco Damasceno às vésperas da partida contra o Atlético-MG, na Arena da Baixada. O técnico Milton Mendes, então, decidiu afastar os dois atletas, que voltaram a integrar as equipes de base do Furacão. Na época, Milton ressaltou a qualidade dos dois e afirmou que jogadores mais jovens aprendem somente diante de punições. “Este clube dá tudo para todos os jogadores. Eu sou um defensor número um de todos os jogadores. Mas desde que eles estejam comprometidos, desde que eles estejam no projeto. Esses dois meninos são garotos, são dois meninos extraordinários, meninos bons e estão em uma fase de formação. Você só consegue corrigir alguém punindo. Eu trato eles como meus filhos”, disse o treinador.