Vanessa Chefer ganha o bronze no heptatlo, mas deixa índice olímpico escapar

Se falhou nas provas de saltos e de velocidade, o Brasil saiu-se muito bem nas provas combinadas do atletismo nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Depois do bronze de Luiz Alberto de Araújo no decatlo, neste sábado foi a vez de Vanessa Chefer subir ao pódio, em terceiro lugar. “Não estou me aguentando de felicidade. Sofri o dia inteiro, estou morta com farofa”, comentou ela, em entrevista ao SporTV.

A medalha veio, mas não o índice olímpico ou mundial. A brasileira havia começado o heptatlo muito bem. Na sexta-feira, fez as melhores marcas da vida nos 110m com barreiras, no salto em altura e no arremesso de peso. Nos 200m, se aproximou muito do melhor. Foi para casa deixando a impressão que ficaria com a prata e classificada para a Olimpíada.

Mas, neste sábado, não conseguiu manter o nível. “Hoje (sábado) eu cheguei na pista dura. Falei: ‘vish’. Acordei mortinha.” Ficou muito abaixo do esperado no salto em distância e no dardo e chegou aos 800m precisando fazer a prova em 2min09s para se garantir na Olimpíada. Ficou 11 segundos abaixo, exausta, mas ao menos não perdeu o bronze.

A brasileira terminou com 6.035 pontos, contra 6.178 da norte-americana Heather Miller e 6.332 da cubana Yorgelis Rodríguez. Precisava de 6.200 para se classificar para a Olimpíada. Ela já estava garantida no Mundial de Pequim (China), para o qual o período de obtenção de índices termina neste sábado.

Tamara Alexandrino, bronze no Mundial Júnior de 2012, sofreu uma lesão no pé durante a competição em Toronto, mas não abandonou a prova. Foi perdendo posições até completar em décimo e último lugar, com 5.542 pontos.

Atual vice-campeã mundial, a canadense Brianne Theisen-Eaton não participou do heptatlo no Pan. Ela competiu em Toronto apenas no revezamento 4x400m e no salto em distância, poupando-se para o próximo Mundial.

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