Só precisa marcar

Com 7º pior ataque, Tricolor está a procura de um artilheiro

Com o sétimo pior ataque da Série B do Campeonato Brasileiro, com apenas 14 gols marcados em 14 rodadas, o Paraná Clube segue à procura de um goleador para a sequência da competição. Apesar da necessidade de contratar um camisa 9, a diretoria preferiu trazer o goleiro Felipe Alves, de 27 anos, que tem como principal característica a boa saída e reposição de bola com os pés, qualidade que Marcos, que está prestes a completar 300 jogos pelo clube, não tem.

A contratação do novo goleiro foi um pedido do técnico Fernando Diniz, que trabalhou com o jogador no Audax durante o Campeonato Paulista. O novo reforço do Tricolor, que deverá assumir a titularidade em breve, ficou marcado por ter dado um chapéu em um jogador do Ituano, em um jogo do Paulistão deste ano.

Apesar de atender o pedido do treinador, o vice-presidente de futebol Durval Lara Ribeiro, o Vavá, afirmou que o Paraná ainda necessita de um artilheiro. “O que faltou para o Paraná contra o Macaé foi o gol. O time conseguiu dominar o jogo, mas faltou alguém que colocasse a bola para dentro. Futebol vive de gols. Os atacantes do Paraná são bons, mas ainda precisamos daquele camisa 9 que faça os gols”, admitiu.

Fernando Diniz ainda aposta que o atacante Fernando Viana, que tem apenas dois gols na competição, pode ser o homem-gol do Tricolor. “O Viana (Fernando) é muito importante para o time e espero que ele consiga fazer gols. Ele tem dado a sua contribuição e foi muito importante nos jogos que disputamos contra Vitória, ABC-RN e Macaé”, pontuou.

Diniz garantiu que trabalho não vai faltar para que os atacantes do Tricolor possam desencantar e o time acabe com o jejum de gols. “Daremos condições em todos os aspectos aos atacantes para que eles melhorem a margem acertiva de gols. Trabalho não faltará para que haja essa melhora daqui para frente”, acrescentou ele.

Dom

O atual comandante paranista, que como jogador defendeu o Tricolor no final da década de 1990, afirmou que, apesar de treinar muito as finalizações após os treinamentos quando era atleta, nunca conseguiu ser artilheiro pelos clubes onde passou.

Para Fernando Diniz, o espírito de goleador já vem com o jogador, mas mesmo assim garantiu que vai tentar melhorar esse aspecto dentro do elenco do Paraná.

“Ser artilheiro não é muito treinável. Eu mesmo treinava muito as finalizações e nunca fui artilheiro, se não teria feito muitos gols. Tem jogador que é especialista mesmo, se sente bem, tem um bom posicionamento e é frio na hora de fazer os gols. A gente pode treinar para os jogadores melhorarem isso. Deve ter alguém vocacionado no time e vamos dar uma estimulada para colocar a bola mais para dentro”, concluiu Diniz, que era meio-campista.