Pênalti perdido na final do Paulistão diante do Santos, empurrão em árbitro e suspensão. Cobranças da torcida e até de dirigentes por um melhor futebol. O inferno astral de Dudu nos últimos meses parece ter ficado para trás após a apresentação de gala diante da Ponte Preta, neste domingo à noite, em Cuiabá. Autor de dois gols – quase anotou o terceiro no fim – o atacante garante que a boa partida servirá para sua volta por cima no Palmeiras.
“Sofri muitas cobranças no clube, pois cheguei sob muita expectativa e só agora estou conseguindo fazer o que esperam de mim”, reconhece o herói Dudu, que faz questão de frisar o técnico Marcelo Oliveira como um dos responsáveis por sua volta por cima no clube. “O Marcelo Oliveira chegou e está me ajudando muito. Ele me dá apoio e estou contribuindo com a equipe”, afirmou o baixinho atacante, que anotou seus dois primeiros gols no Brasileirão.
“O time todo jogou bem e está de parabéns”, observou, agradecendo Rafael Marques pelas assistências: “Obrigado”, disse ao companheiro, logo após a partida, depois também dando uma cutucada. “Uma hora ele tinha de retribuir meus passes”, brincou.
Rafael Marques, outro gigante pelo Palmeiras em Cuiabá, rasgou elogios ao companheiro. “Sabíamos dessa capacidade do Dudu. Ele não vinha marcando gols, mas vinha ajudando muito, se sacrificando”, afirmou o atacante, fazendo uma previsão futura otimista. “Cada dia ele está se sentindo melhor, se esforçando, e tem tudo para ser premiado com o hoje.”
O técnico Marcelo Oliveira saiu satisfeito com o resultado e também com a produção de sua dupla ofensiva. “Foram muito bem e o Palmeiras permite isso. Uma vez será o Dudu, outra o (Leandro) Pereira, ou o Robinho vindo de trás. Temos qualidade e estamos diversificando. O Dudu ficou muito tempo sem fazer gol e hoje quase marcou três. É um jogador de velocidade que ajudou na marcação e com gols.”
Satisfação de um lado, preocupação do outro. “Eu gostei muito do resultado, mas a produção foi um pouco irregular. Fizemos dois gols no primeiro tempo e podíamos aproveitar mais no segundo tempo. Permitimos que eles jogassem, fizemos um ou outro contra-ataque com perigo, mas permitimos chegadas demais. Podia ser um resultado menos sofrido, com mais posse de bola e marcação.”