É o cara!

Nikão marcou gols, deu assistência e virou referência

Titular “por acaso”, após Marco Damasceno ter sido afastado devido ao excesso de noitadas, o meia-atacante Nikão conquistou de vez o seu espaço na equipe do Atlético. Desde que ganhou a posição, foram seis partidas, com quatro gols, se tornando o artilheiro rubro-negro no Campeonato Brasileiro, e mais uma assistência. Mas o que mudou após a entrada jogador no time?

Taticamente, Nikão vem exercendo a função de um ponta pelo lado esquerdo, com a função de apoiar o ataque, com cruzamentos e passes (inclusive assim saiu a jogada que originou o gol de Douglas Coutinho na vitória por 1×0 sobre o Atlético-MG), e também rondando a área adversária, com liberdade para atacar.

Gols

Foi assim que o atleta marcou três dos seus quatro gols. Contra o Joinville, aproveitou uma bobeada da defesa para, dentro da área, mandar para o fundo das redes. Domingo, contra a Ponte Preta, Nikão também apareceu com oportunismo na área da Macaca para emendar de primeira o cruzamento de Eduardo.
Já contra o Figueirense, o meia inverteu os papéis com Walter e recebeu lançamento preciso do atacante quando entrava na área e acertou um forte chute.

Ou seja, Nikão vem surgindo como um elemento surpresa quando o Atlético tem a bola. Se movimentando bastante, o jogador confunde a marcação e abre espaços para as jogadas, ou por estar livre para receber a bola, ou por atrair um adversário e, consequentemente, deixando algum companheiro desmarcado. Bom para o Furacão, que vem aproveitando o momento de seu artilheiro e espera contar mais uma vez com esse oportunismo diante do São Paulo, amanhã.

Bola aérea é problema

Nos últimos três jogos, justamente no jejum de vitórias no Campeonato Brasileiro, o Atlético sofreu seis gols. Todos com finalização próximas do goleiro. Ou seja, devido ao mau posicionamento da zaga nas partidas.
Além disso, dos tentos sofridos nos três últimos embates (contra Grêmio e Ponte Preta fora de casa e contra o Coritiba na Arena da Baixada), apenas um teve origem em bola parada e finalização de cabeça. Foi o gol da vitória do Grêmio, anotado pelo zagueiro Rhodolfo. Todos os outros saíram com a bola rolando e finalizações pelo solo.

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A análise da origem dos gols tomados nos confrontos mais recentes, aliás, aponta que a intermediária defensiva rubro-negra tem sido o local preferido dos adversários para deixar os companheiros em condições de marcar. Foram quatro assistências saídas desta área do campo. (Julio Filho)