Ninguém segura

Na liderança, Atlético marca melhor início de Brasileirão

Se na semana passada, com a vitória sobre o Atlético-MG, o Atlético já tinha tido o melhor início de Brasileiro desde 2008, a vitória de sábado sobre o Joinville por 2×1 levou o Furacão a outra marca – o melhor início de campeonato desde a instituição dos pontos corridos, em 2003. Melhor, portanto, que no vice-campeonato de 2004 e no terceiro lugar de 2013. E ainda coroada com a liderança do Brasileirão.

E isso justamente no ano em que teve o pior desempenho no Campeonato Paranaense em décadas, tendo a humilhante tarefa de disputar o torneio da morte para escapar do rebaixamento. O Atlético tem nove pontos em quatro partidas, um aproveitamento de 75%. A marca deste ano supera a melhor já registrada, em 2007, quando o Atlético marcou sete pontos em quatro rodadas.

Naquele ano, o Atlético começou com duas vitórias: uma goleada por 6×3 em Florianópolis sobre o Figueirense, com grande atuação de Alex Mineiro; e outra vitória por 2×1 na Arena da Baixada sobre o Internacional. Na terceira rodada foi derrotado em casa pelo Santos por 1×0, e na quarta rodada arrancou um empate por 1×1 contra o Atlético-MG em Minas Gerais.

Volta por cima

Agora, em 2015, entrou no Brasileiro desacreditado após a péssima campanha no estadual. Mas logo na primeira rodada venceu por 3×0 um dos candidatos ao título, o Internacional. Na segunda rodada, o time jogou bem, mas foi superado pelo Goiás fora de casa, por 2×0. Parecia que a velha sina de derrotas voltaria. Na terceira rodada, no entanto, mesmo jogando na retranca, venceu o Galo por 1×0. Nas duas vitórias, algo em comum: boas atuações do atacante Walter, a grande contratação do time para o Campeonato Brasileiro.

Contra o Joinville, fora de casa, o atacante não jogaria, suspenso. Porém o Atlético deu conta e seu substituto, Cléo, foi um dos melhores da partida, ao lado de Douglas Coutinho e Nikão, que marcaram os gols da vitória por 2×1 sobre o time catarinense.
De candidato ao rebaixamento, o Atlético mudou sua rotina de inícios medíocres comuns nos campeonatos passados e desta vez pode sonhar com voos mais altos, ou pelo menos com menos sobressaltos no caminho.

Vitória foi tranquila

Poucos jogos vão ser tão fáceis neste Brasileiro para o Atlético quanto foi a vitória por 2×1 contra o Joinville. O trunfo do JEC era a invencibilidade de dez meses jogando na Arena Joinville. Que começou a desparecer logo aos 29 minutos, quando o Furacão abriu o placar em um erro do volante Renato. O jogador tentou sair jogando dentro da área e perdeu a bola para Nikão, que chutou cruzado e abriu o placar.

Três minutos depois, Eduardo acertou um belo cruzamento para o atacante Cléo. Ele escorou de cabeça para Douglas Coutinho fazer o segundo. Para Hemerson Maria, restou partir ao ataque desesperado, tirando volantes e meias para colocar atacantes. Um deles o gordinho Rafael Costa, uma espécie de Walter do Joinville.

Os resultados da estratégia kamikase apareceram só aos 20, quandoRafael Costa aproveitou a falha de marcação e de cabeça descontou para o Joinville.