Em Falta

Torcida atleticana reclama das opções de lanchinhos na Arena

Num estádio de Copa, falta um setor de alimentação de nível Copa. Quase um ano depois de ser sede de quatro jogos da Copa do Mundo de 2014, a Arena da Baixada não tem agradado muitos torcedores atleticanos quando o assunto é alimentação. O clube tem tentado resolver os problemas – alguns estruturais -, mas nesse quesito a Arena pré-Mundial agradava mais ao torcedor.

As reclamações são recorrentes nas redes sociais e fóruns de torcedores do clube. Um exemplo são os comentários no site do Atlético. Tem desde torcedor dizendo que “no sistema atual, não tenho vontade de sair da minha cadeira (no intervalo)”, até “atendimento horrível, demora, filas gigantes, preços caros para produtos de baixa qualidade, opção zero”. “Nem colocando sal na pipoca fica salgada de tão baixa qualidade”, acrescenta um rubro-negro.

Muitos desses problemas ocorrem pela impossibilidade de os produtos serem produzidos no local pois não há espaço interno suficiente nas lanchonetes para esse fim, por opção da administração da Arena.

Diante disso, o clube fechou um contrato com a empresa Bebibas Tissot para ampliar o atendimento e a qualidade. “Estamos fazendo um levantamento para que os alimentos possam ser produzidos no local. É necessário, além de um espaço adequado, o equipamento apropriado, uma cozinha industrial, além de pessoal treinado para operar”, conta Arion Moroz França, gerente da empresa. Não há um prazo para a implementação do projeto.

Cardápio deve melhorar

A expectativa do Atlético, informada em nota no site oficial, é oferecer mais opções aos torcedores no setor Sócio Furacão Plus. O novo cardápio teria pão com bolinho, sanduíche de pernil e salgados especiais.

Segundo o clube, “alimentos mais sofisticados” já são servidos nas áreas VIP e camarotes e há também um projeto para ampliar a oferta de alimentos.

“O projeto do parque gastronômico está na fase final de acabamento e instalações para que a oferta possa ser expandida em todas as áreas do estádio”, diz a nota.
“A Vigilância tem sido parceira em orientar e participar do nosso plano de desenvolvimento, sendo que suas regras são observadas e seguidas pelo CAP”, acrescenta o texto.

Liberação

A Vigilância Sanitária emitiu no dia 27 de março um laudo liberando o estádio com restrições por 120 dias. O problema é que, das 40 lanchonetes que existem na Arena, 20 estão adequadas às normas para a venda de produtos não produzidos no local, um número suficiente para a atual demanda de torcedores por partida. A outra metade está fechada por enquanto por problemas.

“As adequações que faltam são necessárias, porém não imprescindíveis, por isso foi liberado com restrições”, explicou, via assessoria de imprensa, a chefe de serviços da Vigilância Sanitária, Lucimara Batista Prox.

Estrutura

Lucimara Batista ainda contou que, quando o estádio reabriu após a Copa do Mundo, em setembro do ano passado, faltava estrutura para se vender alimentos não industrializados. “Eles não tinham estrutura que comportasse qualquer manipulação de alimentos, por isso só vendiam alimentos industrializados. A partir do momento que algumas lanchonetes apresentaram estrutura mínima, tais como pia para higiene das mãos, equipamentos de refrigeração suficientes à demanda e para aquecimento dos alimentos terceirizados, então foi permitido cachorro-quente, cheeseburguer, pipoca e três sabores de pizzas”, disse ela.

Contradição

A Vigilância Sanitária ainda relatou que não foi informada sobre a intenção do estádio de vender outros alimentos, como pão com bolinho, sanduiche de pernil e sa,lgados especiais e nem sobre o projeto para a criação de um parque gastronômico.

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